Índice de preços foi puxado pela variação negativa de alimentos

A FecomercioSP aponta que, mesmo com a desaceleração, o acúmulo em 12 meses é de 6,13% na região metropolitana.

03/06/2025 16:15

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Fim da distribuição gratuita de sacolas plásticas pelos supermercados, que passarão a ser cobradas, com objetivo de reduzir o excesso de plástico descartado no meio ambiente
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O custo de vida na região metropolitana de São Paulo apresentou aumento de 0,43% em abril, sinalizando uma desaceleração em comparação com os meses anteriores.A pesquisa Custo de Vida por Classe Social, divulgada na terça-feira (03.jun.2025) pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), revela que, embora a taxa de crescimento tenha diminuído, o acúmulo em 12 meses é de 6,13%.A inflação acumulada no primeiro semestre de 2025 atingiu 2,33%, conforme informações da FecomercioSP. A redução observada em abril não foi expressiva o suficiente para diminuir o acúmulo anual, que se mantém em patamar elevado.A inflação nos preços dos alimentos no último trimestre de 2024 exerceu influência considerável sobre o índice anual, de acordo com a análise da Federação. O setor de alimentos e bebidas registrou aumento de 0,6% em abril, em relação a março.O tomate apresentou alta de 19,86%, a batata-inglesa subiu 8,39% e a cebola teve aumento de 4,98%. Esses itens são componentes básicos do cesto de compras brasileiro.No período de 12 meses, o segmento de alimentos e bebidas apresenta inflação de 8,63%, o maior patamar desde fevereiro de 2023. Em 2025, o setor já acumula variação de 2,39%.Os produtos que apresentaram os maiores incrementos no período de um ano foram o café moído (65,36%), o alho (21,52%) e o brócolis (12,11%). Na comparação mensal, além dos já citados, destacam-se também o café moído (4,74%), o repolho (4,71%) e a castanha (3,2%).O aumento do custo de vida em abril foi influenciado pelo reajuste de medicamentos, com limite estabelecido em 5,06%, que teve início no final de março. Os produtos mais impactados foram anti-inflamatórios e antirreumáticos (4,1%), hormônios (2,9%) e psicotrópicos e anorexígenos (2,7%).A FecomercioSP ressalta que esses aumentos nos medicamentos impactam de forma mais significativa as classes de menor poder aquisitivo. No dimensionamento por classe social, as famílias mais pobres sofreram maior impacto em razão do custo de vida no período acumulado de 12 meses.A variação foi de 6,74% para a Classe E e de 6,73% para a Classe D, ao passo que a Classe A apresentou alta de 5,82%. Em abril, contudo, as famílias da Classe A perceberam um aumento maior no custo de vida (0,48%) em comparação com a Classe E (0,38%).Uma das razões apontadas pela Federação para essa inversão temporária foi o aumento no custo dos alimentos fora de casa, com elevação de 0,62%, o que impacta desproporcionalmente os orçamentos das famílias de maior renda.O setor de vestuário apresentou elevação de 1,39% em abril, devido à mudança de coleções com a chegada das estações mais frias. A calça comprida masculina subiu 2,9%, enquanto a feminina aumentou 2,3%. As blusas registraram um aumento de 2,1%.No segmento de despesas pessoais, compreendendo serviços como bancos, salões de beleza e jogos de azar, observou-se um aumento de 0,91%. Os cigarros subiram 3,6%, os brinquedos, 1,4%, e as bicicletas, 1,6%.Apenas dois segmentos de consumo registraram deflação em abril: educação (-0,06%) e habitação (-0,05%). Contudo, o setor de habitação pode apresentar aumento em maio devido à alteração da bandeira tarifária de energia elétrica, que transitou de verde para amarela.A pesquisa da FecomercioSP é composta pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços ao Varejo (IPV), utilizando informações do IBGE para monitorar as variações de preços na principal região metropolitana do Brasil.

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Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.