Impostos de 50% sobre produtos da Índia são aplicados nos EUA

Os Estados Unidos impuseram sanções ao Brasil em resposta à compra de petróleo da Rússia.

27/08/2025 6:42

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Impostos de 50% sobre produtos da Índia são aplicados nos EUA
(Imagem de reprodução da internet).

As tarifas impostas pelos Estados Unidos nas importações de produtos da Índia, que desde o início do mês eram de 25%, dobraram nesta quarta-feira 27 para 50%, como uma medida do presidente Donald Trump para punir Nova Délhi pelo compra de petróleo da Rússia.

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A Índia é um dos maiores importadores de petróleo russo, ficando atrás apenas da China, e o presidente americano acusa Nova Delhi de auxiliar Moscou a financiar sua guerra na Ucrânia. A nova tarifa, contudo, não será aplicada a diversos produtos, o que diminui significativamente o escopo da medida.

O aumento da tarifa intensifica as tensões entre Estados Unidos e Índia, o que oferece a Nova Délhi um estímulo para fortalecer os laços com Pequim, seu antigo rival.

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Apesar de Trump ter implementado novas tarifas, tanto contra países aliados quanto contra países rivais, desde que retornou à Casa Branca em janeiro, a taxa de 50% representa uma das mais altas aplicadas contra parceiros comerciais dos Estados Unidos.

Entretanto, foram divulgadas isenções para setores que poderiam ser impactados por tarifas distintas, incluindo produtos farmacêuticos e semicondutores.

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O governo Trump conduziu investigações em determinados setores que poderiam levar à imposição de novas tarifas. Smartphones também estão inclusos na lista de produtos isentos.

Setores que já foram penalizados, como aço, alumínio e automóveis, também estão isentos das tarifas em âmbito nacional.

Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações da Índia em 2024, com embarques de 87,3 bilhões de dólares (474 bilhões de reais).

Apesar disso, especialistas alertam que uma taxa de 50% representaria um bloqueio comercial e provavelmente afetaria negativamente as pequenas empresas. Exportadores indianos alertaram para uma redução nos pedidos e perdas de postos de trabalho caso o aumento tarifário fosse implementado.

Medida “injusta”

Nova Délhi criticou a medida de Washington, que considerou “injusta, injustificável e irracional”.

A implementação das alíquotas de 50% impacta as projeções da quinta maior economia do mundo. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, assegurou “diminuir a tributação sobre a população em geral” durante o discurso anual no Dia da Independência.

Também anunciou um compromisso com a autossuficiência, com a garantia de defender os interesses do país.

O Ministério das Relações Exteriores explicou que a Índia iniciou a importação de petróleo da Rússia em um contexto em que os fornecimentos tradicionais foram direcionados para a Europa devido à invasão russa da Ucrânia.

A pasta ressaltou que Washington promoveu as importações nesse momento para fortalecer a estabilidade do mercado energético global.

A Rússia representou cerca de 36% do total das importações de petróleo bruto da Índia em 2024. A aquisição de petróleo russo proporcionou a Nova Délhi uma economia de bilhões de dólares em custos de importação, o que contribuiu para a manutenção de preços internos de combustíveis relativamente estáveis.

O governo Trump não abandonou os planos tarifários. Peter Navarro, assessor econômico do presidente americano, afirmou que “a Arábia não parece querer reconhecer seu papel no derramamento de sangue”.

“Está se aproximando de Xi Jinping”, acrescentou, em referência ao presidente chinês.

Wendy Cutler, vice-presidente sênior do Asia Society Policy Institute, avaliou como “preocupante” a transição da Índia, que deixou de ser “um candidato promissor para um acordo comercial precoce” para uma nação que possui “as tarifas mais elevadas” impostas a parceiros comerciais de Washington.

As altas tarifas minaram rapidamente a confiança entre os dois países, o que pode levar anos para ser recuperada, informou a AFP.

Trump emprega tarifas como instrumento para combater o que Washington define por práticas comerciais injustas e desequilíbrios comerciais.

As tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros subiram para 50%, porém com diversas isenções.

Fonte por: Carta Capital

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