Imposto Alto: Guerra comercial eleva preços nos EUA ao patamar mais elevado desde 1930
As restrições variam de 10% a 50%, impactando parceiros comerciais relevantes.
As taxas cobradas pelo país atingiram níveis não registrados desde a década de 1930, após os reajustes tarifários anunciados pelos Estados Unidos na quinta-feira (31).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Brasil se destaca como o país com o maior impacto, registrando uma taxa total de 50%, a mais alta entre todas as nações impactadas.
A partir de 7 de agosto, as novas tarifas preveem um mínimo de 15% para países com os quais os Estados Unidos apresentam déficit comercial.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Para aqueles com quem os Estados Unidos mantêm superávit, a alíquota geral é de 10%.
A tarifa recíproca ao Brasil ficou estabelecida em 10%, com uma sobretaxa de 40% a ser aplicada em 6 de agosto.
Leia também:
Queda de 0,2% no PPI da Zona do Euro em setembro, segundo dados da Eurostat
Recuperação do Setor Privado nos EUA: 42 mil novas vagas em outubro, segundo ADP
China elimina tarifas sobre importações de fibra óptica dos EUA a partir de 10 de novembro
Impacto nos principais parceiros comerciais
O Reino Unido obteve uma taxa de 10%, enquanto a União Europeia e o Japão enfrentarão tarifas de 15%. O Canadá, parceiro comercial relevante dos EUA, terá uma taxa de 35%.
A União Europeia, México, China e Canadá, que somam 60% das importações dos Estados Unidos, serão sujeitos a tarifas mais elevadas do que as previamente definidas.
As bolsas financeiras responderam de forma negativa ao anúncio. O Dow Jones caiu 1,3%, o S&P 500 1,6% e o Nasdaq 2,5%. Na Europa, os índices registraram quedas de quase 3%, e os mercados asiáticos apresentaram desabamentos próximos a 1%.
Indicadores de retração econômica
Dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos em julho indicaram a criação de um número inferior ao esperado de vagas, com uma revisão significativa dos números de maio e junho que resultou na eliminação de 258 mil empregos. Além disso, observou-se uma redução de 1,2 milhão de trabalhadores nascidos no exterior na força de trabalho americana.
A expectativa de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve em setembro subiu para 75%, devido às preocupações sobre o efeito das tarifas no emprego. Especialistas da Capital Economics preveem uma instabilidade nos acordos comerciais nos próximos meses.
Publicado por João Nakamura, da CNN
Petróleo, café e aeronaves: principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.












