O Congresso de Taiwan aprovou nesta sexta-feira, 26 de dezembro de 2025, uma proposta de impeachment contra o líder Lai Ching-te, do Partido Democrático Progressista (DPP). A iniciativa da oposição se baseia na alegação de que o político do DPP não está cumprindo a constituição, ao não sancionar decisões do parlamento local.
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Paralelamente, foi estabelecido um cronograma para o processo de impeachment, que dará a Lai duas oportunidades de se defender perante o Congresso. A votação final está marcada para 19 de maio.
Aprovação e Impacto Simbólico
A mídia taiwanesa tem descrito a aprovação da proposta como um “gesto simbólico”, devido à estreita margem de votos conquistada e à necessidade de obter dois terços do apoio do Congresso na votação final. A situação política na ilha é complexa, com a disputa entre três partidos principais: o DPP, que governa Taiwan desde 2016, o Kuomitang (KMT) e o Partido Popular de Taiwan (TPP).
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Interesse da China e Relações Estratégicas
O governo chinês acompanha de perto o processo de impeachment, que se intensifica com a postura de aversão ao governo central. Em 2024, o governo chinês já havia expressado preocupação com a trajetória de Lai, argumentando que ele poderia “empurrar” Taiwan “para longe da paz e prosperidade” e aproximá-la de “mais perto da guerra e da recessão”.
A China tem historicamente se oposto à crescente proximidade de Taiwan com os Estados Unidos e o Japão.
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Propostas de Diálogo e Visitas
Em outra notícia, a líder do KMT, Cheng Li-wen, anunciou planos para visitar a China continental no primeiro semestre de 2026, condicionando a viagem à formalização do convite por parte do governo chinês, com o objetivo de se encontrar pessoalmente com o presidente Xi Jinping.
Cheng Li-wen também expressou interesse em visitar os Estados Unidos durante o mesmo período, citando convites de universidades e instituições de pesquisa americanas. Ela assumiu a liderança do KMT em outubro deste ano, e o partido tem uma posição mais aberta ao diálogo com a China em comparação com o DPP.
