Impasses nas Negociações da COP30: Alckmin pede aumento de financiamento para mudanças climáticas
Na COP30, impasses nas negociações sobre financiamento climático geram tensões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Geraldo Alckmin pede mais recursos, enquanto Annalena Baerbock destaca a necessidade de redirecionar capital
Impasses nas Negociações da COP30
Na última semana da COP30, o modelo de financiamento para o enfrentamento das mudanças climáticas continua a gerar impasses nas negociações. O tema provoca divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.
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O cerne do impasse reside no fato de que as maiores economias do mundo exigem metas mais rigorosas para combater o aquecimento global, além de uma divulgação mais frequente de dados relacionados. Em contrapartida, os países emergentes argumentam que só poderão avançar nessas metas se as potências globais realizarem investimentos mais substanciais.
Demandas por Aumento de Financiamento
Nesta segunda-feira (17), o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, solicitou um aumento nos recursos destinados ao combate das mudanças climáticas, afirmando que o tempo de promessas “já acabou”.
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“A transição energética deve ser justa. Não pode deixar ninguém para trás. Queremos que ela gere emprego, renda e desenvolvimento para todas as regiões e sirva de modelo de cooperação para outras nações”, declarou Alckmin.
Desafios no Fluxo de Capital
A presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock, apoiou o discurso de Alckmin, ressaltando que “o dinheiro existe, ele simplesmente precisa ser redirecionado”. Durante a abertura da quarta reunião da COP30, ela destacou que o problema não é a capacidade do capital, mas sim a direção que ele toma.
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Atualmente, o capital enfrenta dificuldades para circular na COP30. Até o momento, foram anunciados US$ 200 bilhões para a luta contra a crise climática, o que representa uma contribuição anual para a próxima década, majoritariamente proveniente de bancos multilaterais e investidores privados, sem a participação de países devido à falta de um acordo.
Críticas à Velocidade das Decisões
Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, criticou a lentidão nas decisões. “O ritmo das mudanças na economia real não foi acompanhado pelo progresso nessas salas de negociações”, afirmou Stiell.
Durante a fase política das negociações, ministros de mais de 150 países presentes em Belém devem buscar destravar os investimentos e a pauta da COP. A maioria das autoridades possui autorização dos líderes de seus países para negociar acordos em pontos sensíveis que não avançaram nas áreas técnicas.
Expectativas para a Declaração Final
Além disso, a presença do presidente Lula é considerada um fator político importante para impulsionar a agenda. Ele também deve trabalhar para incluir na declaração final da COP uma menção ao plano para a eliminação dos combustíveis fósseis, uma bandeira defendida pelo brasileiro desde a Cúpula dos Líderes.
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.












