Impacto das Tarifas dos EUA na Indústria Brasileira
As tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros continuam a afetar a indústria nacional, conforme revelado pela pesquisa PMI (Índice de Gerentes de Compras) divulgada nesta segunda-feira (1º). Em novembro, o setor registrou contração pelo sétimo mês consecutivo, embora em um ritmo mais ameno.
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O PMI, elaborado pela S&P Global, subiu para 48,8 em novembro, em comparação a 48,2 em outubro, alcançando o maior nível desde maio. No entanto, o índice permanece abaixo da marca de 50, que indica crescimento. A pesquisa apontou que a demanda continua desafiadora, com a redução das novas encomendas em novembro sendo mais acentuada do que em outubro, especialmente nas vendas internacionais, que caíram no ritmo mais forte desde junho.
Fatores Contribuintes e Expectativas Futuras
Os participantes da pesquisa mencionaram as tarifas como um fator significativo, especialmente as suspensões de pedidos dos EUA. Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, observou que a maior parte dos dados foi coletada antes do anúncio, em 20 de novembro, sobre a remoção da tarifa de 40% sobre produtos alimentícios, como carne bovina e café.
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A continuidade da queda nas novas encomendas impactou os volumes de produção, que diminuíram pelo sétimo mês seguido. Esse cenário, aliado a uma competição acirrada e à redução nos custos de insumos, resultou em uma nova queda nos preços dos bens, a mais forte desde agosto de 2023.
As empresas relataram a segunda diminuição nos preços dos insumos em mais de dois anos, devido a movimentos cambiais favoráveis e uma demanda global contida.
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Emprego e Otimismo no Setor
Os sinais de recuperação no emprego na indústria brasileira foram tímidos, com 7% das empresas contratando novos funcionários e 86% mantendo o quadro atual. O otimismo entre as empresas aumentou em relação a outubro, com expectativas de que as tarifas dos EUA sejam resolvidas e que a taxa Selic, atualmente em 15%, permaneça estável em dezembro.
Além disso, as empresas esperam que investimentos em novos produtos contribuam para o crescimento da produção no próximo ano.
