Imane Khelif não participará do Mundial de Boxe devido a testes de gênero

A World Boxing implementou testes de sexo obrigatórios para todos os boxeadores.

03/09/2025 10:58

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Imane Khelif não participará do Mundial de Boxe devido a testes de gênero
(Imagem de reprodução da internet).

Imane Khelif pode recorrer da decisão da World Boxing que a impede de participar de eventos, embora a argelina não competirá no Campeonato Mundial de Boxe por não ter se inscrito, afirmou o presidente da World Boxing, Boris van der Vorst.

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A World Boxing, que supervisionará o boxe nas Olimpíadas de 2028, implementou em maio testes de sexo obrigatórios para todos os boxeadores em suas competições, pouco menos de um ano após Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting obterem a medalha de ouro em Paris, em decorrência de uma controvérsia sobre a elegibilidade de gênero.

Khelif entrou com recurso ao TAS, a instância máxima do esporte, buscando revogar a decisão da World Boxing que determinava a realização de um teste genético de PCR (reação em cadeia da polimerase).

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Ela tem o direito de fazer isso (recorrer). Para nós, é importante enfatizar que introduzimos testes obrigatórios para termos competições seguras e competitivas, competições justas.

Declaramos o anúncio em maio. Para nós, todas são iguais. Cada mulher aqui precisa apresentar diversos documentos, incluindo o teste de sexo.

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O Campeonato Mundial de Boxe inicia-se em Liverpool na quinta-feira (4) e, quando perguntado se Khelif havia sido reprovada no teste, Van der Vorst afirmou: “É muito cedo para tirar conclusões. Ela simplesmente não se inscreveu representando sua própria federação aqui em Liverpool.”

A Federação Algeriana de Boxe não emitiu resposta imediata ao pedido de comentário.

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Na terça-feira (2), a World Boxing confirmou que Lin, de Taiwan, também não competiria no campeonato mundial.

“Também sei que ela não faz parte da lista de inscritos da Federação Nacional”, acrescentou Van der Vorst.

A Holanda se desculpou em junho, quando a World Boxing mencionou especificamente Khelif em seu anúncio sobre a obrigatoriedade do teste de sexo.

Contudo, ele justificou a decisão de conduzir tais testes, visando assegurar “competições seguras e justas”.

Estamos falando não apenas de boxe amador, mas de boxe olímpico. Para nós, essa é a nossa marca, porque esse é o “propósito” da World Boxing. Criamos a World Boxing para salvar o sonho olímpico.

O boxe é um esporte de combate e é importante ter competições seguras e justas. Assim, para nós, é realmente crucial introduzir esse tipo de teste. Acredito que é um passo importante para demonstrarmos que queremos proteger o boxe feminino.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.