Identificado o general responsável por elaborar o plano de assassinato de Moraes, Lula e Alckmin

Durante o governo de Jair Bolsonaro, Mário Fernandes exerceu interinamente a liderança da Secretaria-Geral da Presidência em diversas ocasiões; também c…

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(Imagem de reprodução da internet).

Mário Fernandes é general da reserva e atuou como secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL). O militar está sendo julgado no núcleo 2 da trama golpista e é considerado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos líderes mais radicais do plano que previa o sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, Supremo Tribunal Federal (STF), do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB). Em interrogatório na Primeira Turma da Corte nesta quinta-feira (24), Mário Fernandes admitiu ter sido o autor do Plano Punhal Verde e Amarelo. “Não passa de um pensamento digitalizado. Hoje eu me arrependo disso, era apenas um pensamento de um militar, que não foi compartilhado com ninguém”.

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Durante a gestão de Jair Bolsonaro, o militar ocupou interinamente a Chefia de Gabinete da Presidência em diversas ocasiões. Além disso, no governo do ex-presidente, atuou como assessor do então ministro da Saúde Eduardo Pazuello – atualmente deputado federal pelo PL do Rio. Anteriormente, integrara a alta cúpula do Exército, sendo promovido a general de brigada em 2016 e posteriormente cedendo à reserva em 2020. Entre 2018 e 2020, Mário Fernandes comandou o Comando de Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”. De acordo com a denúncia da PGR, Fernandes foi responsável por coordenar “ações de monitoramento e neutralização violenta de autoridades públicas”, em conjunto com Marcelo Costa Câmara (ex-assessor de Bolsonaro), no que ficou conhecido como Plano Punhal Verde e Amarelo, que previa a execução, em dezembro de 2022, de Moraes, Lula e Alckmin.

Segundo a PGR, o militar também realizou a interlocução com as lideranças populares ligadas ao dia 8 de Janeiro. Fernandes permanece preso preventivamente desde o dia 19 de novembro do ano anterior. A prisão foi determinada por Moraes após a PF obter mensagens em que ele incitava ações antidemocráticas que deveriam ser lideradas por Bolsonaro. Ao reconhecer a autoria do Plano Punhal Verde Amarelo, em depoimento no STF, o general da reserva afirmou que o plano não foi apresentado a ninguém.

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Além disso, Mário Fernandes declarou que chegou a imprimir o plano e o documento, mas logo em seguida o destruiu. “Imprimi para não forçar a vista e logo depois eu rasguei. Não compartilhei com ninguém.”

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

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Fonte por: Jovem Pan

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.

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