Cidadã russa, apelidada de “Mulher de Rosa”, teve caso arquivado após campanha da Interpol e análise de DNA em 2005.
Uma mulher cujo corpo foi encontrado na Espanha há duas décadas foi finalmente identificada como Liudmila Zavada, cidadã russa. O caso, arquivado pelas autoridades espanholas, faz parte do programa “Identifique-me”, uma iniciativa internacional coordenada pela Interpol em colaboração com seis países europeus: Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda e Espanha.
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A campanha visa identificar mulheres que foram encontradas mortas na Europa nas últimas décadas, mas que as investigações não tiveram conclusão. O caso de Liudmila ficou conhecido como “A mulher de rosa”. Seu corpo foi descoberto em 3 de julho de 2005, em uma estrada em Viladecans, na província de Barcelona.
Ela estava vestida com uma blusa floral rosa, calças e sapatos rosa, e faleceu há menos de 24 horas. A polícia local considerou a causa da morte suspeita, pois as evidências sugeriam que o corpo havia sido movido nas 12 horas anteriores à sua descoberta.
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Sem novas pistas, as autoridades espanholas submeteram o caso ao programa “Identifique-me” da Interpol em 2023. A campanha envolveu a publicação de detalhes dos casos online e o compartilhamento de informações com a mídia, incluindo imagens de reconstruções faciais e pertences pessoais.
Em 2025, a polícia da Turquia analisou as impressões digitais associadas à “Mulher de Rosa” em um banco de dados biométrico nacional, resultando em uma correspondência com Liudmila Zavada, que tinha 31 anos na época de sua morte. A confirmação foi posteriormente feita por meio de análise de DNA de parentesco.
“Após 20 anos, uma mulher desconhecida recuperou seu nome. Cada identificação bem-sucedida traz uma nova esperança às famílias e amigos de pessoas desaparecidas e cria novas pistas para os investigadores”, destacou o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza. A campanha “Identifique-me” já identificou outras vítimas, como Rita Roberts, encontrada em Antuérpia em 1992, e Ainoha Izaga Ibieta Lima, de 33 anos, identificada por meio do sistema “Aviso Negro” da Interpol.
A Interpol continua com 44 casos em busca de identificação e publica em seu site um apelo a qualquer pessoa que tenha informações, especialmente aquelas que se lembram de um amigo ou familiar desaparecido, para que faça um relato e ajude na investigação.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.