Flávio Souza, CEO do banco, destaca que fusões e aquisições estão ligadas ao mercado de ações e não sofrem impacto dos juros elevados.
O cenário atual do mercado brasileiro favorece fusões e aquisições (M&As), com o Ibovespa próximo dos 140 mil pontos, conforme Flávio Souza, presidente do Itaú BBA. Em entrevista ao programa Capital Insights, transmitido na quinta-feira (16), o executivo destacou que o ambiente aquecido de M&As não se deve apenas às dificuldades enfrentadas pelas empresas.
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Souza afirmou que transações estratégicas continuam a ocorrer. Embora a bolsa esteja em um patamar elevado, os múltiplos indicam que estamos abaixo da média histórica. Isso representa uma oportunidade para players estratégicos que buscam expandir suas operações no Brasil.
O presidente do Itaú BBA ressaltou que as fusões e aquisições estão em um ritmo “bastante bom”, com uma correlação menos intensa com a taxa de juros elevada. Ele comentou sobre a escassez de IPOs e o fechamento de capital de empresas, atribuindo isso ao ambiente de juros altos que inibe novas ofertas.
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Souza acredita que, apesar do cenário atual, o Brasil ainda possui muitas empresas preparadas para acessar o mercado. Ele prevê que, com a expectativa de queda nas taxas de juros, uma nova janela para IPOs pode surgir, especialmente no segundo semestre do próximo ano.
O executivo identificou setores promissores para fusões e aquisições em 2026, como infraestrutura e energia. O marco regulatório no setor de saneamento, por exemplo, pode impulsionar a presença do setor privado, semelhante ao que ocorreu no setor de energia nos últimos 20 anos.
Além disso, o setor de varejo deve apresentar um nível significativo de atividade em M&As, especialmente devido aos desafios impostos pela alta taxa de juros. Saúde e educação também são áreas que continuarão a movimentar o mercado de fusões e aquisições.
Souza comentou sobre a agenda sustentável do Itaú BBA, afirmando que mobilizar recursos para a transição energética é fundamental. O banco se comprometeu a mobilizar R$ 1 trilhão até 2030 para financiar atividades de impacto positivo.
Ele também mencionou a importância de um mercado de carbono regulado, que pode impulsionar o setor. O Brasil possui um potencial significativo nessa área, dada a sua vasta cobertura florestal e recursos hídricos.
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.