Ibovespa atinge novo recorde histórico de 148 mil pontos com otimismo no mercado financeiro

O Ibovespa atinge novo recorde, fechando a quarta-feira com 148 mil pontos, impulsionado por otimismo no mercado e expectativa de cortes de juros nos EUA.

29/10/2025 20:30

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(Imagem de reprodução da internet).

Ibovespa atinge novo recorde em meio a otimismo do mercado

O Ibovespa fechou esta quarta-feira (29) com o terceiro recorde consecutivo, aproximando-se da marca histórica de 150 mil pontos, impulsionado por um ciclo de otimismo tanto no cenário doméstico quanto internacional. A valorização recente abre espaço para novas máximas, com analistas prevendo que o índice pode alcançar 170 mil pontos até 2026.

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Apesar do clima positivo, especialistas alertam que essa maré favorável pode mudar, especialmente devido às preocupações fiscais que permanecem na mente dos investidores. A imposição de tarifas pelo governo de Donald Trump e a incerteza na política econômica dos EUA geraram cautela, levando os investidores a buscar alternativas mais atrativas.

Brasil se destaca como destino de capital estrangeiro

Com a possibilidade de novos cortes de juros nos Estados Unidos, os mercados emergentes, que oferecem taxas mais altas, ganharam destaque. Nesse contexto, o Brasil se tornou um dos principais destinos para investimentos estrangeiros. Dados da B3 mostram que o fluxo de investimento estrangeiro foi positivo em R$ 26,9 bilhões no primeiro semestre, o melhor desempenho desde o segundo semestre de 2023.

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Raphael Figueredo, estrategista da XP, menciona que o mercado está passando por uma “rotation global”, onde investidores estão realocando capital entre diferentes regiões. João Daronco, analista da Suno Research, complementa que esse movimento é observado em mercados europeus e emergentes da América do Sul, como Chile e Colômbia.

Fatores que sustentam o desempenho da bolsa

Internamente, a estabilidade do câmbio, bons resultados corporativos e a intenção do governo de buscar equilíbrio fiscal sustentam o desempenho da bolsa. Enrico Gazola, economista da Nero Consultoria, destaca que a aproximação das máximas históricas atrai novos investidores, criando um ciclo de valorização.

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Outro aspecto importante é a expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) reduza a taxa Selic no primeiro trimestre de 2026, beneficiando empresas de setores cíclicos e com alto endividamento. Figueredo observa que isso pode melhorar o fluxo de capital, explicando a renovação das máximas.

Expectativas para o futuro do Ibovespa

O mercado aguarda novos cortes na taxa de juros americana, o que seria positivo para a bolsa brasileira. Fernando Ferreira, da XP, ressalta que historicamente, após cortes de juros, o Brasil e os mercados emergentes tendem a ter um bom desempenho. A previsão para este ano já era de 150 mil pontos, e a expectativa para o próximo ano é de 170 mil.

O Ibovespa acumula uma alta de cerca de 24% no ano, alcançando um novo patamar histórico de 148 mil pontos. Especialistas acreditam que o otimismo deve persistir enquanto os fundamentos se mantiverem, como a desaceleração da inflação global e a entrada de capital estrangeiro.

Desafios e incertezas no horizonte

No entanto, o mercado é influenciado por expectativas que podem mudar rapidamente. Um endurecimento do discurso do Fed ou a perda de credibilidade fiscal do governo brasileiro podem inverter o cenário em pouco tempo. O economista alerta que, embora os ventos estejam favoráveis, esse otimismo deve ser tratado com cautela, pois a euforia é a fase mais vulnerável de qualquer ciclo de alta.

A expectativa para os próximos dias é de correção e realização de lucros após a sequência de altas. A continuidade do bom humor dependerá da resolução de questões internas, sendo a credibilidade fiscal um fator-chave para sustentar a confiança dos investidores.

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.