Ibovespa atinge máxima histórica com valorização de 30% em 2025, superando 165 mil pontos. Analistas veem potencial de crescimento e oportunidades no mercado.
O Ibovespa, que é o principal índice do mercado financeiro brasileiro, está atingindo novas máximas históricas e já acumula uma valorização superior a 30% em 2025. Apesar do desempenho positivo, analistas afirmam que a bolsa ainda apresenta um bom potencial de valorização, sendo considerada barata.
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Recentemente, o índice operou em alta, alcançando a inédita marca de 165 mil pontos. Na última semana, o Ibovespa retomou seu rali, superando a marca de 164 mil pontos. Em novembro, o índice já havia registrado uma série de máximas históricas, com analistas prevendo novas oportunidades de valorização.
Bruno Perri, economista-chefe da Forum Investimentos, destaca que a bolsa barata favorece o cenário atual. O apetite por ativos de risco, aliado a preços descontados, contribui para os recordes do índice. “O Ibovespa está atingindo novas máximas devido ao interesse dos investidores em ativos de risco, especialmente em países emergentes”, afirma.
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Os múltiplos da bolsa, que estão sendo negociados abaixo da média histórica, são um dos principais argumentos para classificá-la como barata. Raphael Figueredo, estrategista de ações da XP, observa que, mesmo com as novas máximas, os múltiplos ainda apresentam um bom desconto, indicando potencial de valorização no curto prazo.
Marink Martins, analista de investimentos do MyVOL, considera a relação preço/lucro atual bastante atrativa. “Estamos com um P/L abaixo de 8x, o que é significativamente inferior à média histórica e promissor diante das transformações que estamos vivendo”, argumenta.
Martins é otimista em relação à bolsa brasileira, especialmente com a expectativa de um ciclo de corte de juros. Ele acredita que, mesmo com a alta deste ano, ainda há espaço para valorização. O analista também espera que o Brasil alcance o grau de investimento em 2026, o que pode abrir portas para novos investimentos internacionais.
Com a possibilidade de cortes de juros pelo Banco Central no primeiro semestre de 2026, a renda variável deve continuar atraente para os investidores. Figueredo aponta que as empresas com forte geração de caixa e pagamento recorrente de dividendos são as mais promissoras.
Os setores financeiro e de utilidade pública são os preferidos do estrategista. Ele acredita que as empresas ligadas ao mercado de capitais e as de energia elétrica e saneamento se destacarão em 2026, especialmente em um ano eleitoral, que tende a ser volátil.
Martins também observa uma preferência por grandes empresas, principalmente pela sua capacidade de repasse de preços. Ele vê potencial no setor elétrico, devido à chegada da inteligência artificial no Brasil, e no agronegócio, que deve se beneficiar da exportação.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.