Ibovespa Alcança Novas Máximas Históricas
Na terça-feira (2), o Ibovespa atingiu um marco histórico, superando pela primeira vez a marca de 161 mil pontos. O otimismo dos investidores é impulsionado pelas políticas monetárias tanto do Brasil quanto dos Estados Unidos.
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Dados que indicam uma desaceleração econômica, juntamente com declarações de autoridades que sugerem um futuro com juros mais baixos, têm influenciado as expectativas do mercado. Durante o pregão, a possibilidade de um corte na Selic foi reforçada após a indústria brasileira apresentar sinais de desaceleração, criando um ambiente propício para que o Banco Central reduza a taxa de juros no país.
Expectativas de Corte de Juros
“Os dados fracos demonstram uma desaceleração econômica e o mercado já está precificando o corte de juros. Embora não saibamos exatamente quando ocorrerá, é provável que seja no início do próximo ano. Com a queda dos juros, a bolsa tende a subir”, afirma Ian Lopes, economista da Valor Investimentos.
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Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3 Investimentos, complementa que a performance do Ibovespa também está ligada às expectativas de um novo corte na taxa de juros dos EUA na próxima semana. Ele observa que o recente rali não deve encerrar um possível ciclo de alta para os próximos meses na bolsa brasileira.
Desempenho do Ibovespa nos Últimos Anos
“Se analisarmos o comportamento médio do Ibovespa após a pandemia, notamos que a bolsa ficou lateralizada por um longo período. Este ‘sprint’ de alta que estamos observando agora pode ser considerado um movimento de correção”, acrescenta Queiroz.
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Em 2020, o Ibovespa fechou o ano com 119.017,24 pontos e, em 2024, com 120.283,40 pontos. Até agora em 2025, a bolsa registrou perdas mensais apenas em fevereiro e julho, acumulando uma valorização de 33,9% no ano.
Silêncio do Federal Reserve e Conversa entre Líderes
Bruno Perri, economista-chefe e sócio da Forum Investimentos, destaca que o silêncio de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, sobre a política monetária em um evento recente, sustentou as apostas de um novo afrouxamento da taxa básica de juros nos EUA.
No final da tarde, a ferramenta FedWatch, da CME, indicava cerca de 90% de probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima semana.
O dia de máximas históricas também foi marcado por uma conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, que discutiram tarifas comerciais e combate ao crime organizado. A conversa, que durou cerca de 40 minutos, foi considerada “muito produtiva”, segundo nota do Palácio do Planalto.
