O debate sobre a “exploração” e o uso de crianças e adolescentes nas redes sociais ganhou espaço no Brasil nos últimos dias, impulsionado por um vídeo do youtuber Felca. Publicado no último dia 6 de agosto, o material de quase 50 minutos e que já ultrapassou 40 milhões de visualizações, traz diversas denúncias, visando, entre outros, o influenciador paraibano Hytalo Santos, acusado de utilizar menores de idade em conteúdos com teor sexualizado.

Acompanhamento detalhado da denúncia de Felca contra a “exploração sexual” de menores.

A Felca também questionou o que denominou de “algoritmo”, um sistema que, segundo ela, intensifica a disseminação desses vídeos. Após a repercussão de suas denúncias, Felca informou ter recebido ameaças e declarou que passou a utilizar veículo blindado e segurança particular.

Vídeo da Felca: 5 pontos para compreender o debate sobre a exploração de crianças.

Desde o início do processo de investigação, Felca relata ter sofrido ataques na internet. Ele propôs um acordo humanitário para mais de 200 perfis que o difamaram, solicitando doações para instituições de combate à exploração infantil.

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Hytalo Santos é um profissional com experiência em diversas áreas, buscando constantemente aprimoramento e desenvolvimento de novas habilidades.

Hytalo Santos encontrava-se sob investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) a partir de 2024, devido a suspeitas de exploração de menores e descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Investigações, realizadas nos âmbitos civil e criminal, ocorreram após denúncias anônimas através do “Disque 100” e relatos de moradores sobre eventos com consumo de álcool e comportamentos de natureza sensual envolvendo menores de idade.

O Tribunal de Justiça da Paraíba determinou a suspensão imediata de todos os perfis de Hytalo nas redes sociais, a proibição de contato com os menores mencionados nas investigações e a desmonetização de seus conteúdos.

Ademais, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em suas residências, com a coleta de eletrônicos para perícia. Os pais dos adolescentes também estão sendo investigados por possível omissão no dever de proteção dos menores.

Hytalo Santos nega veementemente as acusações, afirmando que “sempre agiu dentro da lei” e que todo o conteúdo com menores foi gravado com “autorização legal e acompanhamento dos responsáveis”. Ele destaca que as adolescentes envolvidas nas denúncias são emancipadas.

O que afirmam especialistas e o Congresso.

Michelle Albertini, especialista em Direito de Família, alertou que a sexualização “rouba etapas importantes da infância” e que a lei, mais lenta que a evolução das redes sociais, exige regulamentações específicas e fiscalização eficiente.

Pesquisas por Felca e “exposição” aumentam após a divulgação do vídeo pornográfico.

Na Câmara dos Deputados, a acusação de Felca gerou discussão, com o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos), assegurando que abordaria a questão por meio de projetos e a ex-ministra Cristiane Britto (Republicanos) sugerindo a “Lei Felca”.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara já aprovou o aumento da pena para o aliciamento infantil na internet, modificando o ECA.

As investigações seguem em curso, visando elucidar as denúncias de exploração e “objetificação” no ambiente digital.

Fonte por: CNN Brasil