Hugo Motta propõe votações remotas na Câmara antes da pausa legislativa
Presidente da Câmara autorizou votações de parlamentares por meio de aplicativo em reuniões do plenário; Senado também contará com sessões com participa…

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), determinou que a Casa realizará sessões semipresenciais no plenário durante a semana. Com a decisão, os deputados poderão votar de forma virtual, por meio de aplicativo.
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O Congresso realizará recessão parlamentar a partir de sexta-feira (18) até 31 de julho. A previsão inicial era que somente a sessão desta segunda-feira fosse semipresencial e as demais presenciais, com obrigatoriedade de registro de voto na sessão plenária.
As sessões no Senado também serão virtuais, com previsão para terça (15) e quarta-feira (16). As reuniões semipresenciais são frequentemente convocadas em períodos de calendarização vazia, como datas próximas a feriados e recessos. Na prática, o modelo assegura quórum para votações mesmo sem a presença física dos parlamentares.
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Nesta semana, os deputados preveem um trabalho intenso para votação de projetos em aberto. Dentre as ações, destacam-se duas propostas de interesse do governo que devem ser analisadas nas comissões: a ampliação da isenção do Imposto de Renda e a Proposta de Emenda à Constituição sobre Segurança Pública.
Na sessão plenária, em face da articulação do governo, será votado o projeto que estabelece as novas normas para o licenciamento ambiental de empreendimentos no país.
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O governo deve ser a principal prioridade.
Avançarão duas propostas do governo, embora possam ser discutidas no próximo período. A proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que amplía a faixa de isenção do IR deve ser votada na comissão especial nesta quarta-feira (16).
A análise no plenário ficará para o próximo semestre. O parecer da proposta foi apresentado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL) na última semana. Ele manteve a taxação de altas rendas em até 10%, mas ampliou a faixa de isenção parcial de R$ 7.000 para R$ 7.350.
A outra prioridade do Planalto é que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Segurança Pública seja também votada na CCJ na quarta-feira.
O relator, deputado Mendonça Filho (União-PE), propôs duas alterações ao texto. Ele removeu trecho sobre a exclusividade da União para legislar sobre “normas gerais de segurança pública, defesa social e sistema penitenciário”. A mudança atende a reclamações de governadores que temem perda de autonomia.
Outra modificação do relator foi a remoção da previsão de exclusividade da Polícia Federal e das polícias civis na apuração de infrações penais. Segundo o relator, isso poderia impactar o trabalho do Ministério Público.
Licenciamento ambiental
Apesar de pressões de parlamentares da base governista, a maioria dos líderes da Câmara votou a favor de agendar a votação do projeto de licenciamento ambiental antes da recessão.
O deputado federal Zé Vitor (PL-MG) apresentou parecer que manteve na proposta a emenda do presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (União-AP), que concede prioridade à análise de projetos de interesse estratégico, como a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
A licença ambiental especial foi incluída, em caráter emergencial, no texto do projeto aprovado pelo Senado em maio.
O projeto eleva as habilidades dos estados no processo de licenciamento e otimiza as licenças. Contudo, o órgão ambiental considera que a matéria atinge a legislação ambiental vigente.
Outras propostas
Com o regime de urgência já aprovado, a proposta sobre as regras para a concessão e renovação de benefícios fiscais concedidos pela União também está em pauta para discussão no plenário. O relator é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que ainda não apresentou seu parecer.
As novas normas se aplicam a incentivos ou benefícios de natureza tributária, financeira ou creditícia. O projeto foi aprovado no Senado em julho de 2023.
Outra votação prevista nesta semana, tanto na comissão quanto no plenário, é a da PEC sobre as dívidas de municípios. O relator é o deputado Baleia Rossi (MDB-SP).
A matéria foi aprovada pelo Senado em agosto do ano anterior. A PEC estabelece um novo prazo para que os municípios regularizem suas dívidas com a Previdência Social e também define limites para o pagamento de precatórios.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.