Hugo Motta não justificou a não aplicação da anistia a golpistas
O presidente da Câmara afirmou não ter oferecido qualquer tipo de compensação a manifestantes bolsonaristas para cessar o tumulto.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que não incluiu na pauta o projeto de lei que anistia golpistas do 8 de Janeiro devido à falta de apoio majoritário nas reuniões de líderes. Contudo, ele não excluiu a iniciativa de ser votada.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na terça e quarta-feiras, parlamentares de linha bolsonarista obstruíram fisicamente as sessões plenárias da Câmara e do Senado, buscando forçar a votação do projeto de lei de anistia, a análise da emenda que visa extinguir o foro privilegiado – para remover os congressistas da competência do Supremo Tribunal Federal – e a instauração de um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes do STF.
Motta declarou ao site Metrópoles que “esse projeto não foi pauta porque, ao levá-lo ao colégio de líderes, a maioria do colégio, inclusive com deputados que representavam partidos com mais 400 parlamentares, optou por não levá-lo à pauta”. O colégio de líderes tomou essa decisão, impedindo que o projeto fosse discutido.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O presidente da Câmara afirmou que a oposição retomará essa discussão nas próximas reuniões de líderes e que a presidência não pode ter “preconceito” com a pauta. “O sentimento que o presidente deve respeitar é o da maioria, sobre qualquer matéria”, completou.
Mais cedo nesta quinta, Motta negou ter oferecido contrapartidas à oposição para retomar os trabalhos do plenário, em meio ao motim bolsonarista. Integrantes da oposição deixaram a sessão de quarta afirmando que o presidente havia se comprometido a pautar demandas do grupo.
Leia também:
Erika Hilton e Fernando Haddad debatem ajustes em projeto de lei sobre jornada de trabalho
Câmara dos Deputados aprova projeto sobre bens e imóveis com medidas fiscais do governo
Renan Filho anuncia mudanças na emissão da CNH e elimina obrigatoriedade das autoescolas em 2025
“A presidência da Câmara é inegociável, quero que isso fique bem claro”. “A retomada dos trabalhos não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com ninguém.”
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.












