O TJAL (Tribunal de Justiça de Alagoas) julgou novamente, na quinta-feira (4), uma condenação contra Albino Santos de Lima, apelidado de “serial killer” de Alagoas.

O acusado foi condenado a 14 anos e sete meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Alan Vítor dos Santos Soares, com 20 anos, no crime ocorrido em junho deste ano, no bairro Vergel do Lago, em Maceió, Alagoas.

De acordo com a denúncia, em junho de 2024, Alan retornava de trabalho para a residência de sua avó quando notou que estava sendo perseguido. Em seguida, sofreu quatro disparos de arma de fogo: o primeiro, raspão na orelha, o segundo na cabeça e os demais nos pulmões direito e esquerdo.

O jovem sobreviveu após mais de dois meses de internação, incluindo 30 dias em coma. Seu relato subsequente foi fundamental para o desenvolvimento das investigações, pois ele mesmo identificou Albino ao reconhecê-lo em reportagens sobre o homicídio de outra vítima.

O Conselho de Sentença julgou procedente a acusação de tentativa de homicídio, motivada por razão ilícita e terivada por meio de provocação que prejudicou a defesa da vítima.

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Defendemos desde o início, desde a denúncia, a tese de tentativa de homicídio praticada pela torpeza e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ao final, o Conselho de Sentença acolheu a tese da acusação. Estamos satisfeitos com o trabalho, felizes com o resultado e com a resposta dada pela sociedade alagoana.

Ademais da pena de prisão, o tribunal determinou o pagamento de uma multa de R$ 50 mil à vítima. Considerando que Albino já cumpre condenações por outros homicídios, ele permanecerá no sistema prisional.

Na instrução, consta que, durante a investigação, o acusado admitiu a prática do crime e alegou que a razão seria o suposto tráfico de drogas no salão de beleza da vítima, hipótese não comprovada.

Ele mencionou, em outra ocasião, que planejava confrontar Alan no local, porém o encontrou na rua. O indivíduo afirmou ter disparado inicialmente na região cervical, visando causar paralisia, e prosseguiu com outros disparos. Uma arma de fogo e uma balaclava foram apreendidas em sua residência.

Albino reconheceu a autoria no depoimento anterior, mas negou participação durante o júri. Contudo, a acusação ressaltou que evidências, como publicações em seu perfil no Instagram com foto da vítima antes do crime, fortaleceram a acusação.

Albino Santos de Lima já confessou em investigações pelo menos 18 assassinatos. O serial killer já possuía duas condenações, cujas penas somam 37 anos de prisão.

Fonte por: CNN Brasil