O indivíduo que lançou uma pedra contra um ônibus em São Paulo e causou ferimentos a uma passageira no rosto foi formalmente denunciado por tentativa de homicídio qualificado triplamente pelo Ministério Público de São Paulo (MPS), na terça-feira (2).
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O crime aconteceu na zona Sul da capital paulista, na tarde de 27 de junho deste ano, em meio à onda de ataques aos coletivos na cidade. A pedra arremessada entrou no veículo e atingiu o rosto da mulher, que sofreu múltiplas fraturas no rosto.
Ademais da condenação, o órgão requer a fixação de indenização mínima de R$ 50 mil à vítima, que correu risco de vida. O ataque foi motivado, segundo o criminoso, por vingança, após suposta “fechada” de trânsito do ônibus.
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Imagens de câmeras de segurança registraram o incidente do ataque. É possível observar o suspeito sair de um carro vermelho, que foi apreendido, e lançar uma pedra em direção ao ônibus.
O autor do crime arriscou produzir o resultado fatal, agindo por causa sem importância, utilizando um método que gerou perigo generalizado e um recurso que impediu a defesa da vítima, que foi atingida de forma repentina e inesperada, conforme a denúncia do promotor Rodolfo Morais.
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O suspeito permanece sob custódia temporária, e o MPSP requereu a manutenção da prisão preventiva.
Ataques a ônibus em São Paulo
Após aproximadamente três meses do início dos crimes, a investigação policial que apura os ataques a ônibus na capital permanece em andamento pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) na capital paulista. Desde julho, 20 pessoas foram detidas.
A polícia trabalha com no mínimo três linhas de investigação:
Nenhuma linha de investigação é descartada e diligências estão sendo realizadas para o completo esclarecimento dos fatos e conclusão do inquérito, conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Entre 12 de junho e 31 de agosto, as empresas operadoras informaram que 695 veículos do sistema municipal de transporte foram danificados, conforme dados da São Paulo Transporte (SPTrans).
Na capital, o número de ônibus depredados voltou à normalidade. Em agosto a média diária de registros foi de 3,6 casos, patamar do período anterior à onda de ataques. Em julho, no auge das depredações, a média diária chegou a 12,9 casos.
Fonte por: CNN Brasil
