Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete, informou, em depoimento, ter sofrido agressões e ameaças de policiais penais na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceara-Mirim, onde permanece preso.

A CNN obteve o boletim de ocorrência registrado na sexta-feira (1º).

De acordo com o relato, os incidentes iniciaram-se em 30 de julho, na data de sua transferência para a unidade prisional. Igor relata que foi submetido a uma cela de isolamento, algemado e descalço, e que agentes penitenciários o colocaram sobre o ralo do banheiro, utilizando spray de pimenta e aplicando golpes com sandálias, socos, chutes e cotoveladas.

Homem acusado de tentar matar a namorada com 60 golpes.

O detento afirma que os agentes fizeram ameaças de estupro, envenenamento e morte, além de oferecerem um lençol e sugerirem que ele cometesse suicídio. Ele também relatou que os policiais gravaram vídeos dele e que foi obrigado a ingerir líquido do spray de pimenta.

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Igor afirmou, no depoimento, que os agentes lhe disseram que ele havia “chegado ao inferno”. Ele também mencionou ter sido informado sobre a existência de uma cela com outros detentos que o estariam aguardando.

A Corregedoria do Sistema Penitenciário teria informado que tinha conhecimento dos fatos e acionou a condução à delegacia para registro da ocorrência e a realização de exame de corpo de delito. A Polícia Civil investiga o caso.

<h3 Presentation of Juliana Garcia

O ex-jogador é acusado de agredir violentamente sua então namorada, Juliana Garcia dos Santos, com 61 socos em um elevador em Natal (RN), tendo um histórico de violência doméstica. O ataque brutal, ocorrido em 26 de julho, foi registrado por câmeras de segurança, evidenciando a sequência de socos que desfiguraram o rosto da vítima.

Juliana sofreu uma cirurgia de reconstrução facial, e classificou a agressão como um “ato contra a vida”. Ela também afirmou que o relacionamento era “tóxico e abusivo”, com antecedentes de agressões físicas e psicológicas, além de ciúmes excessivos por parte de Igor.

Em seu primeiro depoimento, Igor relatou ter sofrido um “surtos claustrofóbico” e mencionou possuir um filho no espectro autista. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prossegue com as investigações, considerando o caso como tentativa de feminicídio.

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Os familiares de Igor expressaram sua consternação diante dos acontecimentos, reiterando que não tinham envolvimento no crime e solicitando que não fossem alvo de ameaças.

Fonte por: CNN Brasil