Hera relata sobre o sofrimento causado pelo derrame do pai: “Sentimos grande descaso”

A influenciadora Flora Cruz, 22 anos, relata em uma nova biografia sobre a vida de seu pai, o músico Arlindo Cruz, 66 anos. A jovem estava à beira dos 14 anos quando testemunhou o AVC (Acidente Vascular Cerebral) que o artista sofreu em 2017, resultando em sequelas que persistem até o presente.

Em “O Sambista Perfeito”, publicado pela Editora Malê no início deste mês, Flora menciona que o ocorrido mudou a sua vida em vários sentidos e cita que aprendeu a valorizar as pessoas.

Foi uma lição, principalmente, de que temos que amar como se não houvesse amanhã, porque o amanhã é incerto […]. A gente não sabe o que vai acontecer com a gente daqui a pouco. Meu pai estava tomando banho e teve um AVC, que não acontece por acaso, que está dentro do destino de cada um e a gente sequer imagina. Aprendi a valorizar as pessoas.

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A influenciadora ressalta que sua família sofreu um abandono significativo após o acidente vascular cerebral do sambista. “Fomos muito abandonados, muito! Amizade para mim é minha família. Estamos juntos para tudo e o resto é colega, parceiro. Amigo é família.”

Flora, com mais de 210 mil seguidores nas redes sociais, também relata que sempre teve uma grande amizade com o pai e menciona que o músico se preocupava com as pessoas ao seu redor.

Ele se caracterizava por conversar, oferecer apoio, prover recursos financeiros, demonstrar afeto, auxiliar na educação dos filhos, preparar para concursos, ajudar parentes a realizar trabalhos, contribuir para o sucesso pessoal, incentivar os estudos, possibilitar o acesso à faculdade e garantir uma profissão. Não era mão aberta, mas possuía um coração aberto, disposto a perseguir soluções.

A biografia também apresenta o relato do acidente e da recuperação nas semanas subsequentes, além dos aspectos do cotidiano do cantor, vivenciando as consequências do AVC. Adicionalmente, ele sofre de uma doença autoimune, possui traqueostomia e gastrostomia (GTT), o que implica o uso de sonda alimentar.

“Ele está muito bem cuidado, não sente dor, respira e degusta pela boca. Sente o gosto de um iogurte, uma sopa, um purê. O que mais prezamos é o prazer dele, no gosto, na massagem, para que ele fique relaxado, feliz, dentro da nova realidade dele”, explica Flora.

A empresária Babi Cruz, 63 anos, esposa do artista, também participou da obra e comenta no capítulo referente às provocações do AVC. “Não adianta tampar o sol com a peneira, até porque a gente nunca teve vergonha dessa situação. Era meio que ser exemplo para outras famílias que passam por essa situação sem ter a mesma estrutura que a gente tem. E se, com a estrutura que a gente tem, amargamos os jilóss mais amargos, que dirá os que não têm”?

Na parte do livro enviada à CNN, a esposa de Arlindo ainda explica que a família optou por preservar e proteger o músico enquanto ele estava em seu estado mais crítico.

Contudo, uma vez que ele venceu e está vivo, é um caso notável. Observa como ele está bem, hoje comeu carne com angu, apreciando pudim de leite condensado diet, salada de fruta, gelatina e outras conquistas.

O livro, de autoria de Marcos Salles, inclui relatos de outros familiares e de personalidades como Maria Bethânia, Zeca Pagodinho e Regina Casé. Após abordar os eventos que levaram ao AVC, a obra se concentra na infância do artista, explorando aspectos de sua vida pessoal e profissional.

Arlindo Cruz permanece hospitalizado no Rio de Janeiro, desde o dia 29 de abril, após ser diagnosticado com pneumonia.

Estudo demonstra que a IA consegue identificar AVC com o dobro da precisão.

Com informações de Giovana Christ, da CNN

Fonte por: CNN Brasil