Helder Barbalho argumenta que o sistema financeiro é um motor para a economia verde
Governador do Pará afirma que o sistema financeiro desempenha um papel fundamental na promoção da economia de baixas emissões.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-PA), argumentou na quarta-feira (11.jun.2025) que o setor financeiro brasileiro deve atuar como um motor da transição ecológica, financiando iniciativas sustentáveis, regulamentando o mercado de carbono e apoiando estratégias de economia verde.
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A declaração foi proferida no Febraban Tech 2025, em um painel sobre os preparativos para a COP30, que ocorrerá em Belém no final do ano. Helder Barbalho integrou o painel ao lado de Luiz Lessa, do Banco da Amazônia. A discussão foi conduzida por Amaury Oliva, da Febraban.
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O presidente do Basa (Banco da Amazônia), Luiz Lessa, apresentou informações sobre a região. A Amazônia possui 27 milhões de habitantes, sendo que 70% dessa população reside em áreas urbanas. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da região é o mais baixo do Brasil, situando-se quatro pontos abaixo da média nacional.
“Temos questões urbanas, de saneamento, de transportes, de transição energética. Possuímos um sistema energético isolado do restante do país, com cerca de 180 usinas a óleo diesel. a transição para uma matriz mais diversificada é extremamente importante”, declarou Lessa.
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O presidente da Basa ressaltou a importância de se buscar o equilíbrio nas discussões, para que se obtenham ações concretas e diretrizes, a fim de evitar um cenário de irreversibilidade na proteção da floresta.
Segundo Barbalho, a agenda da sustentabilidade é transversal e econômica, e o sistema financeiro deve apoiar a redução das emissões por meio do financiamento da pecuária e agricultura de baixas emissões, pagamento por serviços ambientais, restauração florestal e desenvolvimento da bioeconomia. “É necessário que o sistema financeiro participe da regulação e mediação do mercado de carbono e financie soluções que valorizem a floresta em pé”, afirmou.
O governador destacou os impactos econômicos das inundações no Rio Grande do Sul, que ocasionaram perdas superiores a 50 bilhões de reais, como ilustração da necessidade de implementar políticas climáticas eficazes.
O governador respondeu a críticas sobre a infraestrutura de Belém. “Vejo nos jornais todos os dias falando que Belém não tem saneamento. E Paraisópolis, em São Paulo, está 100% saneada? Isso é um problema de todas as regiões do Brasil e da América Latina”, declarou.
Barbalho declarou que Belém contará com mais de 50 mil leitos disponíveis para os visitantes. Atualmente, já existem 39 mil leitos consolidados, distribuídos entre oito novos hotéis, navios de cruzeiro, escolas convertidas em hostels, uma vila provisória para líderes que será transformada em centro administrativo, além de plataformas digitais de aluguel por temporada, que ampliaram sua oferta de 700 para 19 mil leitos nos últimos dois anos.
Apesar das denúncias de preços elevados em hospedagens, o governador declarou que a grande variedade de opções assegurará o equilíbrio do mercado e possibilitará que os visitantes tenham diversas escolhas, prevenindo práticas abusivas.
Helder Barbalho evidenciou o papel do Pará na produção agropecuária sustentável, com 75% da floresta preservada e 25% destinados à agricultura e pecuária. Ele enfatizou o incentivo à rastreabilidade na pecuária, com o objetivo de implementar a totalidade até dezembro de 2026, visando assegurar a integridade do produto e abrir novos mercados. Na agricultura, mencionou o açaí e o dendê como exemplos de cadeias produtivas que geram empregos e promovem a recuperação de áreas degradadas.
Por fim, o governador enfatizou a relevância do diácom empresas e governos comprometidos com a sustentabilidade, incluindo Estados norte-americanos como Califórnia e Texas, que possuem economias robustas e agendas ambientais avançadas, mesmo sem a presença do presidente dos Estados Unidos na COP30.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.