Heineken perde controle de fábrica no leste do Congo

A empresa de bebidas anunciou em março que suas atividades nas três cidades do leste permaneceriam interrompidas até que fosse seguro retomar as operações.

20/06/2025 9:55

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30/04/2019. REUTERS/Amanda Perobelli
30/04/2019. REUTERS/Amanda Perobelli

A Heineken deixou de ter controle operacional e removeu seus funcionários de suas instalações em áreas afetadas pelo conflito no leste da República Democrática do Congo, informou a cervejaria holandesa na sexta-feira (20).

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A empresa de bebidas anunciou em março que suas atividades nas três cidades do leste permaneceriam interrompidas até que fosse seguro retomar as operações, após algumas de suas cervejarias terem sido afetadas e seus depósitos invadidos durante os confrontos entre o exército e os rebeldes.

Na sexta-feira, a empresa cervejeira informou que a situação havia se agravado ainda mais e que indivíduos armados haviam tomado o controle de suas fábricas em Bukavu e Goma — as duas maiores cidades do leste do Congo, atualmente sob controle rebelde — e áreas adjacentes.

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A empresa declarou, em comunicado, que “as condições necessárias para operar de forma responsável e segura não estão mais presentes e, em 12 de junho de 2025, perdemos o controle operacional”.

A unidade da Heineken na República Democrática do Congo, a Bralima, ainda opera em outras regiões do país não impactadas pelo conflito, informou a empresa, ressaltando que manteria avaliação da evolução da situação.

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A empresa opera quatro cervejarias na República Democrática do Congo, fabricando Heineken, além de outras marcas reconhecidas, como Primus e Amstel. As unidades de Bukavu utilizavam aproximadamente mil indivíduos, tanto diretamente quanto indiretamente, conforme já havia sido comunicado.

A prioridade máxima é a segurança e o bem-estar dos nossos funcionários, declarou o comunicado na sexta-feira. Retiramos todos os funcionários restantes desses locais e continuamos a apoiá-los financeiramente.

Cerca de 14% da receita total da Heineken provém de suas operações no Oriente Médio e na África, sendo o Congo, com mais de 100 milhões de habitantes, um mercado significativo.

Suas atividades nas cidades de Goma, Bukavu e Uvira concentravam, em conjunto, aproximadamente um terço das vendas da Heineken na República Democrática do Congo.

O conflito na região leste do Congo aumentou significativamente em 2023, com o grupo rebelde M23 fazendo um avanço rápido, gerando preocupações sobre uma escalada do combate.

A República Democrática do Congo alega que Ruanda está apoiando o M23 fornecendo tropas e armas. Ruanda já negou repetidamente auxiliar o M23.

A Rússia e os Estados Unidos declararam na quarta-feira que suas equipes técnicas finalizaram um esboço de acordo de paz, que será assinado na próxima semana.

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Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.