Hamilton de Holanda comemora 50 anos em 30 de março de 2026, embora as celebrações iniciem-se antes e se prolonguem após essa data. Entre apresentações, turnês internacionais e lançamentos, o músico prepara um ano em que o bandolim de 10 cordas permanece como protagonista de uma trajetória marcada pela ousadia.
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“Minha música é encontrar maneiras de levar o bandolim e a música brasileira para todos os lugares do mundo”, declarou em entrevista à CartaCapital. É nessa busca que ele desenvolve seus projetos, atravessando fronteiras e expandindo públicos.
Seu álbum mais recente, Hamilton de Holanda Trio – Live in NYC (Sony Music), gravado no Dizzy’s Club, no Jazz at Lincoln Center, em Nova York, se destaca entre os destaques do primeiro semestre. Ao lado de Thiago “Big” Rabello (bateria) e Salomão Soares (teclados), Hamilton recebeu ainda o saxofonista americano Chris Potter em três faixas, reafirmando seu reconhecimento no cenário internacional.
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Ele não é recente no cultivo de parcerias relevantes. No ano passado, lançou colaboração com o pianista cubano Gonzalo Rubalcaba, álbum indicado ao Grammy Latino. Em outubro e novembro, a dupla se reencontra em uma turnê pela Europa.
O Hamilton de Holanda Trio realiza uma série de apresentações no Brasil e no exterior: neste sábado, 23, participa da 3ª edição do festival Jazz na Serra, em Santo Antônio do Pinhal (SP), e no domingo, 24, toca em Gama, no Distrito Federal. De 15 a 18 de outubro, o grupo leva sua sonoridade para a Índia.
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Em 10 de outubro, também há um retorno significativo: o Baile do Hamilton, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. A festa é herdeira do lendário Baile do Almeidinha, que o músico promoveu antes da pandemia. “É uma música dançante”, explica. O objetivo é testar a aceitação do público e avaliar a retomada definitiva do projeto.
Hamilton já pensa em um novo álbum autoral para celebrar os 50 anos; talvez ainda em 2025, talvez no ano seguinte. Material não falta: durante a pandemia, compôs 366 músicas em casa.
Para 12 e 13 de junho de 2026, a agenda contempla dois eventos de grande importância. A Jazz at Lincoln Center Orchestra, liderada pelo trompetista Wynton Marsalis, realizará apresentações com obras de Hamilton de Holanda e do maestro Moacir Santos, com a participação dos artistas, no Rose Hall, sala principal do Lincoln Center, em Nova York.
Apesar do reconhecimento, o músico declara que ainda existem desafios. “É difícil, tem a barreira do bandolim. Há pessoas que nem conhecem direito o instrumento. Sempre há necessidade de abrir espaço”, reflete. É justamente desse impulso que nasce a vitalidade de um artista que chega aos 50 anos com fôlego de iniciante.
Fonte por: Carta Capital
