O grupo palestino Hamas divulgou na sexta-feira (5) um vídeo de dois reféns sendo transportados da Cidade de Gaza, aparentemente em uma ação com o objetivo de influenciar a opinião pública israelense, ao mesmo tempo em que os militares intensificam os ataques à cidade.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O vídeo apresenta o refém Guy Gilboa-Dalal em um carro em diversos locais da Cidade de Gaza, incluindo em frente à sede do Crescente Vermelho.
As imagens, aparentemente capturadas na semana passada, exibem edifícios danificados através do para-brisa do veículo enquanto o motorista trafega por áreas da cidade. A CNN localizou geograficamente o vídeo na cidade de Gaza.
LEIA TAMBÉM!
Ao final do vídeo, surge um segundo refém, Alon Ohel, de 22 anos, ao lado de Gilboa-Dalal no carro. Os dois se abraçam e demonstram surpresa ao se encontrarem. “Não acredito que estou te vendo”, diz Gilboa-Dalal várias vezes.
É um vídeo raro de reféns do Hamas filmado acima do solo. Gilboa-Dalal afirma na gravação que a data da filmagem é 28 de agosto e que ele está refém há 22 meses.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A publicação do vídeo ocorreu no 700º dia de conflito, acompanhada de manifestações em âmbito nacional, buscando um acordo de fim das hostilidades que possibilitasse a soltura de sequestrados.
<h2 Mencionado: Conflito em Gaza
A guerra na Faixa de Gaza iniciou-se em 7 de outubro de 2023, após o Hamas realizar um ataque terrorista contra Israel.
Mil e duzentos indivíduos do grupo extremista palestino assassinaram e sequestraram 251 reféns naquele dia.
As forças israelenses lançaram uma grande operação, com ataques aéreos e terrestres, buscando resgatar os reféns e neutralizar o comando do Hamas.
Os confrontos ocasionaram a destruição do território palestino e o deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, representando mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, conforme dados da UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados Palestinos).
Desde o início do conflito, pelo menos 61 mil palestinos faleceram, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, liderado pelo Hamas, não diferencia entre civis e combatentes na contagem, mas relata que mais de metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel alega que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo extremista.
Uma parcela dos reféns foi recuperada por intermédio de dois acordos de cessar-fogo, e outra minoria foi recuperada através das ações militares.
Estimativas indicam que aproximadamente 50 reféns ainda se encontram em Gaza, com cerca de 20 deles vivos.
À medida que o conflito prossegue, a situação humanitária se deteriora progressivamente no território palestino.
A ONU relata mais de mil mortes de pessoas que tentavam obter alimentos, a partir de maio, quando Israel alterou o sistema de distribuição de suprimentos na Faixa de Gaza.
Diariamente, surgem relatos de mortes por inanição devido à falta de assistência na Faixa de Gaza.
Israel alega que a guerra cessará quando o Hamas se rendera, e o grupo extremista exige aprimoramento da situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.
Fonte por: CNN Brasil