Grupo armado exige fim da ofensiva israelense na Faixa de Gaza para resgate de civis.
A situação se agrava com o desaparecimento de dois reféns israelenses mantidos na Cidade de Gaza. O Hamas anunciou a perda de contato com os reféns, elevando a tensão e lançando dúvidas sobre o futuro das negociações. Essa incerteza pode impactar o encontro entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Donald Trump, agendado para a segunda-feira (29).
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Israel intensificou sua ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, buscando destruir o Hamas. A operação envolveu o arrasamento de distritos inteiros e a ordenação de evacuações em massa de palestinos para campos de refugiados, conforme declarado por Netanyahu. No entanto, diálogos diplomáticos sobre uma resolução para a guerra de quase dois anos ganham força, com Trump indicando a viabilidade de um acordo.
As Brigadas Al-Qassam, o braço militar do Hamas, fez um apelo urgente para que as tropas israelenses retirassem as unidades de Sabra e Tel Al-Hawa, a sudeste da Cidade de Gaza, e suspendessem os voos sobre a área por 24 horas, visando resgatar os reféns. O exército israelense não respondeu diretamente, mas reiterou a continuidade de seus avanços, ordenando a evacuação de moradores de Sabra e áreas próximas.
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Relatos de moradores de Gaza e médicos indicam que tanques israelenses avançaram em Sabra, Tel Al-Hawa e bairros vizinhos, aproximando-se do coração da cidade e das áreas ocidentais, onde residem centenas de milhares de pessoas. O exército israelense planeja atacar alvos do Hamas e demolir edifícios na região.
O Ministério da Saúde de Gaza reportou, pelo menos, 77 mortes causadas por disparos israelenses no último dia. Autoridades locais relataram a incapacidade de responder a inúmeras chamadas de moradores presos. O Serviço Civil de Emergência de Gaza informou que Israel negou 73 pedidos de resgate de feridos na Cidade de Gaza, feitos por meio de organizações internacionais.
As famílias dos dois reféns, cujos nomes não foram divulgados, solicitaram que não fossem mencionados na mídia. O Hamas iniciou o conflito em outubro de 2023, atacando território israelense e capturando 251 reféns, segundo dados israelenses. Estima-se que 48 reféns ainda estejam vivos, conforme Netanyahu.
O ataque israelense resultou em mais de 66 mil mortes, segundo autoridades médicas. A maioria das casas foi danificada ou destruída, e 2,3 milhões de moradores enfrentam uma grave crise humanitária. O exército israelense afirma que o Hamas não possui mais capacidade de governar e que sua força militar se reduziu a um movimento de guerrilha.
A ofensiva terrestre começou em 16 de setembro, após semanas de ataques intensos. Em 24 horas, a força aérea atingiu 140 alvos militares, incluindo militantes e infraestrutura. O Programa Mundial de Alimentos estima que entre 350 mil e 400 mil palestinos fugiram da Cidade de Gaza desde o mês passado, embora centenas de milhares permaneçam na área.
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Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.