O líder do Hamas no Catar, Khalil Al-Hayya, atribuiu a paralisação das negociações de cessar-fogo em Gaza a Israel e aos Estados Unidos, em declaração transmitida por televisão no domingo (27), sustentando que a crise de fome em Gaza implica que “não há sentido em prosseguir as negociações” nas circunstâncias presentes.
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Al-Hayya, uma figura política importante do Hamas e principal negociador do grupo, declarou que, na última rodada de negociações, o Hamas exibiu “toda a flexibilidade possível” e obteve “progresso claro”, concordando amplamente com as propostas do mediador em relação à retirada de tropas israelenses, troca de reféns e prisioneiros e entrega de ajuda.
Al-Hayya afirmou: “Eles (os mediadores) nos forneceram informações positivas de Israel, mas ficamos surpresos ao constatar que a ocupação se retirou das negociações e que o enviado do presidente dos EUA para o Oriente Médio, (Steve) Witkoff, esteve envolvido nisso.”
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Al-Hayya declarou que não há razão para prosseguir com as negociações enquanto Gaza sofre um cerco contínuo e fome. Ele solicitou a entrada imediata e respeitosa de alimentos e medicamentos como condição essencial para qualquer nova discussão e afirmou que o grupo se opõe a que o sofrimento palestino seja utilizado para “manobras de negociação da ocupação”.
Ele também acusou os EUA e Israel de atrasar intencionalmente o progresso das negociações e de facilitar a contínua devastação dos palestinos em Gaza.
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As principais divergências que ainda persistem nas negociações por um possível acordo de cessar-fogo em Gaza são o intercâmbio de prisioneiros palestinos por reféns e o prazo para a retirada de Israel, afirmou um alto dirigente do Hamas à CNN na sexta-feira (24).
O funcionário afirmou que o Hamas apresentou duas propostas sobre esses temas pouco antes dos EUA e Israel retirarem seus representantes das negociações na quinta-feira (23), acusando o grupo de agir de má-fé.
Fonte por: CNN Brasil