O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em São Paulo na segunda-feira (18) que as negociações sobre o tarifário não avançam porque os Estados Unidos “querem impor algo constitucionalmente impossível” ao Brasil.
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Atualmente, possuímos documentos oficiais que evidenciam que a negociação não ocorre devido aos Estados Unidos quererem que o Brasil adote algo constitucionalmente inviável, ou seja, que o Executivo interfira em outro poder, o Judiciário. Criou-se um impasse ao solicitar o que não pode ser concedido.
Haddad comentava sobre as críticas dos Estados Unidos durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal). O governo de Donald Trump indica que as tarifas se justificam também neste aspecto e vem intensificando sanções aos envolvidos no processo.
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Na sua participação, Haddad afirmou que, ao divulgar a data da reunião que teria com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, buscou “dissipar dúvidas” sobre a intenção do governo brasileiro de negociar. Ele reiterou que o cancelamento foi resultado da ação da “extrema-direita brasileira” nos Estados Unidos.
EUA e China
Fernando Haddad também declarou durante o evento do Financial Times e da Times Brasil que já solicitava à ex-secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que o país investisse mais no Brasil. Segundo o ministro, a economista não se incomodava com a aproximação entre Brasil e China. “Eu disse a ela que deveriam se incomodar”, afirmou.
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Haddad afirmou não acreditar que a manutenção das tarifas seria sustentável por um longo período. Além disso, ressaltou que os impactos na economia brasileira não serão tão severos, considerando a diminuição do fluxo de comércio entre Brasil e Estados Unidos nos últimos anos. Haddad também acredita que o comércio bilateral deve continuar a cair.
Fonte por: CNN Brasil