Ministro da Fazenda Defende Medida Provisória do IOF Após Derrubada na Câmara

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou sua defesa à Medida Provisória (MP) que propõe alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), após a sua rejeição pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (8). Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ministro associou a decisão à influência de grupos com interesses específicos.

O vídeo começou com uma contextualização, mencionando o recuo do Congresso em algumas propostas, incluindo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que havia sido aprovada pela Câmara e rejeitada pelo Senado. O ministro enfatizou que os direitos da população são inegociáveis e que o futuro do país não será comprometido por interesses menores.

“Não foi descuido, foi escolha. Escolha consciente de tirar direitos dos mais pobres, para proteger os privilegiados. De blindar os mesmos amigos de sempre, e forçar cortes contra aqueles que mais precisam do Estado”, declarou Haddad. Ao final do vídeo, o ministro afirmou que o povo demonstraria sua força e daria um basta diante da situação.

As declarações ocorreram após a derrubada da MP, considerada crucial pela equipe econômica e que geraria cerca de R$ 17 bilhões em arrecadação para o governo federal em 2026, um ano eleitoral. A proposta visava alterar regras de tributação sobre investimentos, fintechs e casas de apostas esportivas (bets).

Para facilitar a votação, o relator da proposta, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), flexibilizou o texto original do governo e atendeu a demandas de parlamentares ligados ao setor produtivo, principalmente ao agronegócio. O ministro Haddad também se envolveu diretamente nas negociações e tentativas de convencimento.

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Apesar dos esforços, a equipe econômica terá que iniciar os trabalhos para compensar a perda de arrecadação estimada. O Executivo argumenta que os recursos eram essenciais para fechar as contas de 2026, enquanto a oposição afirma que o caixa seria utilizado em programas sociais voltados a fortalecer a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ano eleitoral.