A declaração foi feita em entrevista exclusiva à CNN, na terça-feira (29), na contramão do aumento tarifário iminente.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antecipou que grande parte das medidas apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que visam a tarifação dos Estados Unidos depende da aprovação do Congresso Nacional. Haddad, contudo, afirmou acreditar que o Legislativo irá receber e não utilizará o tema de forma política.
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A declaração foi feita nesta terça-feira (29), em entrevista exclusiva à CNN.
Muitas das medidas previstas dependem, efetivamente, da aprovação do Congresso Nacional, mas entendo que o Congresso não vai se furtar a atender esses setores que estão sendo afligidos por essas medidas. Há uma aflição dessas pessoas e são medidas justificáveis e muito prudentes, eu diria, do ponto de vista econômico e do ponto de vista das contas públicas.
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O ministro declarou que o Congresso possui a liberdade de aprimorar e propor alterações às medidas decididas pelo Executivo. Ele, inclusive, mencionou a Lei de Reciprocidade Econômica, matéria aprovada pelo Legislativo neste ano e que permite ao Brasil responder retaliações tarifárias. “Na minha opinião, não vai faltar apoio do Congresso Nacional, que inclusive aprovou a Lei de Reciprocidade”.
Haddad ressaltou que, face à crise gerada pela privatização, não haverá “ausência de apoio político de qualquer força política”.
A entrevista de Haddad à CNN ocorre em um momento crucial, com o governo dos Estados Unidos prestes a implementar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Em uma semana decisiva, o governo Lula (PT) busca negociar alternativas e analisar ações para atenuar o impacto na economia.
No início do mês, o presidente Donald Trump anunciou tarifas sobre as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto e relacionou a medida à ação penal em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é réu.
Fonte por: CNN Brasil
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Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.