O ministro informa que o governo está avaliando a porcentagem de saldo do FGTS a ser empregada como garantia para o crédito.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua avaliando o programa Crédito do Trabalhador para determinar se estabelecerá um limite de juros e qual a porcentagem do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a ser utilizada como garantia para o empréstimo concedido a trabalhadores com carteira assinada.
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“Acompanharemos a evolução do programa e, a partir daí, essas duas questões – FGTS e teto – discutiremos esse aprendizado”, declarou em entrevista veiculada na noite desta 3ª feira (22.jul.2025), no canal do YouTube Nath Finanças.
Haddad também comparou a situação com o consignado de aposentados e pensionistas do INSS. Declarou ter dialogado com bancos no início do programa sobre as disparidades entre as duas modalidades.
O INSS e o setor público são muito semelhantes. Sei que ele vai receber o salário, sei que ele vai receber a aposentadoria. No caso do setor privado, qual é o histórico dele? Quantas vezes ele trocou de emprego ao longo dos últimos 5 anos? Qual é a saúde financeira da empresa dele? Porque, afinal de contas, depende da empresa pagar o salário para poder receber.
Lançado em março, o Crédito do Trabalhador possibilita que trabalhadores com carteira assinada utilizem 10% do saldo do FGTS como garantia em operações de crédito consignado. Também podem ser utilizados os valores da multa rescisória, que corresponde a 40% do saldo do fundo, em caso de desligamento sem justa causa.
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As prestações do empréstimo são deduzidas diretamente da folha de pagamento. As instituições financeiras recolhem os valores sem a intervenção das empresas do contratante da operação. Essa ação visa tornar o crédito mais acessível.
A Power360 constatou que a taxa média de juros do crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada alcançou 55,59% ao ano em maio, elevando-se 14,73 pontos percentuais em comparação com fevereiro, mês anterior ao anúncio do Crédito do Trabalhador.
Haddad também foi questionado sobre as apostas. Em tom crítico, afirmou que a situação é um “problema de saúde pública” e “virou uma praga”.
O ministro informará ao presidente Lula sobre o balanço do funcionamento do mercado regulado, que teve início em janeiro deste ano.
Ele pretende apresentar ao presidente um balanço, após seis meses da regulamentação deste governo que dependia de lei, pois também o Congresso demorou a aprovar a lei, estabeleceu um prazo de transição alongado, declarou.
Haddad reiterou que ocorrem perdas anuais de R$ 40 bilhões “entre o que é depositado e o que é pago de prêmio”. O ministro da Fazenda imputou a responsabilidade ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele afirmou ter herdado um caos. O ex-presidente Bolsonaro deixou uma perda de pelo menos R$ 40 bilhões em impostos que não foram arrecadados e que foram direcionados para jogos de azar que enviaram esse dinheiro para fora do país.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.