Haddad argumenta a necessidade de força-tarefa para estabelecer os pontos cruciais na negociação com os Estados Unidos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumentou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo deve criar uma força-tarefa para identificar os pontos que estão dificultando a negociação tarifária entre Brasil e Estados Unidos, visando a resolução do tema da forma mais rápida possível.

Em entrevista, publicada nesta quinta-feira (17), Haddad afirmou que “o pior que pode acontecer” é o país abrir duas frentes separadas de negociação, argumentando que não faz sentido que tratativas sejam conduzidas por governadores.

A taxa de 50% sobre importações de produtos brasileiros dos Estados Unidos deve entrar em vigor em agosto, conforme anúncio do governo do presidente Donald Trump.

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A maioria dos empresários com quem conversamos afirma que o alongamento do prazo é positivo, porém não resolve o problema, pois os contratos continuam sendo fechados. Se prolongado em excesso, isso pode levar à perda de muitos negócios, conforme declarado ao jornal.

O ideal é que haja uma força-tarefa rápida, coloque os pontos, observe o que está pegando, o que podemos fazer para que possamos sair dessa situação o mais rapidamente possível. A determinação do presidente Lula é que nós tenhamos um mapa de tudo rapidamente.

O ministro declarou que não trabalha com a possibilidade de a tarifa não ser revertida, pois a taxação certamente prejudicará a economia dos Estados Unidos, que depende de uma variedade de produtos brasileiros.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus familiares são responsáveis pelo aumento da tarifa, segundo Michel Haddad. Ele considera a família “um problema para o país inteiro” e critica a falta de ação diante do impacto negativo em setores econômicos relevantes.

Haddad, quando perguntado sobre a viabilidade de propor reformas estruturais ao Congresso, incluindo a revisão dos valores de gastos com saúde e educação, declarou que o governo não consegue aprovar até mesmo as medidas mais simples e questionou quais seriam as expectativas para temas mais complexos.

É necessário um diálogo aberto, pois minha posição depende do voto. Não serve enviar algo para o Congresso apenas para agradar a Faria Lima e não ter conhecimento de como os processos se desenvolvem”, declarou.

Fonte por: CNN Brasil