Ministro da Fazenda comenta sobre impostos e classes sociais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou em um evento ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste sábado (18) que a proposta do petista de incluir o “pobre no orçamento e o rico no Imposto de Renda” gera desconforto nas classes mais altas, que ele chamou de “andar de cima”.

“No Brasil, quem realmente paga imposto é a classe trabalhadora. À medida que se avança nas classes sociais, chega um ponto em que o Estado não alcança mais e a pessoa não paga imposto”, afirmou Haddad.

Compromisso com a justiça fiscal

Haddad continuou explicando a determinação de Lula: “O presidente me convidou para ser ministro da Fazenda, mas pediu que eu prometesse que iríamos realizar seu slogan de campanha, que é colocar o pobre no orçamento e o rico no Imposto de Renda. Essa turma precisa pagar imposto”.

Ele acrescentou: “É isso que está mudando e que causa incômodo. Vocês não têm ideia do quanto isso incomoda o andar de cima”.

Lula e a educação de qualidade

O presidente Lula participou de um evento com alunos da Rede de Cursinhos Populares (CPOP) em São Bernardo do Campo (SP) e enfatizou a importância da educação de qualidade para as classes menos favorecidas.

Leia também:

STF condena Filipe Martins a 21 anos de prisão por crimes relacionados a golpe de Estado

José Serra internado na UTI: boletim médico revela estado de saúde estável em São Paulo

Lula dialoga com Hugo Motta e planeja fortalecer alianças políticas para 2026

“Esse país está nas mãos de vocês. Se eu consegui, vocês também podem. Se eu não tive oportunidades, vocês estão tendo. Agarram essa chance com todas as forças e se dediquem”, declarou Lula.

Mensagem de dignidade e independência

Ao final de seu discurso, Lula enviou um recado a presidentes de outros países, afirmando que não devem “falar grosso com o Brasil”.

“Criamos a universidade da Foz do Iguaçu, voltada para a América Latina. Queremos formar uma doutrina latino-americana, com estudantes da região, para que possamos sonhar com um continente independente, onde nenhum presidente de outro país ouse falar grosso com o Brasil. Isso não é apenas coragem, é dignidade e caráter”, concluiu.