Haddad afirma que havia um acordo para realizar um novo debate sobre o Imposto sobre Operações Financeiras em julho

O ministro da Fazenda retomaria o contato com deputados e senadores antes da divulgação do relatório de despesas referente ao terceiro bimestre.

27/06/2025 16:59

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O ministro da Fazenda Fernando Haddad comenta a crise em torno do IOF e os impasses do governo, Encontros da revista piauí, em Brasília. | Sérgio Lima/Poder360 - 03.jun.2025
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , afirmou que havia acordado com parlamentares realizar uma nova discussão sobre o incremento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em 22 de julho.

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Ele declarou que o novo prazo foi definido em uma reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), no início de junho. O encontro ocorreu na Residência Oficial do deputado e incluiu a presença de líderes no Congresso.

Haddad propôs uma nova reunião após a publicação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do segundo bimestre. O documento visa implementar medidas de ajuste no Orçamento.

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Ele indicou que manteria as metas de arrecadação com o IOF até o dia 22 de julho, buscando mais tempo para analisar novas medidas.

O ministro declarou em entrevista à GloboNews que, na reunião, havia 20 pessoas, e que, embora o decreto seja uma prerrogativa do presidente, ele retornaria à Residência Oficial para rediscutir os termos do decreto, conforme o relatório se anuncia 22 de julho, após o 3º bimestre.

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O projeto de decreto sobre o IOF foi rejeitado na noite de quarta-feira (25 de jun) no Senado em votação simbólica, sem apuração dos votos individuais. Anteriormente, a proposta foi aprovada na Câmara com 383 votos a favor e 98 contra.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) buscava implementar a medida para aumentar a arrecadação e impedir o congelamento no Orçamento. O Congresso e o empresariado se opuseram em grande escala contra a determinação.

A Receita Federal projeta que a medida geraria R$ 12 bilhões para o Tesouro em 2025. Com a revogação, o impacto deverá ser próximo de zero.

Haddad reiterou que não recebeu informações da Câmara e do Senado sobre a revogação do decreto. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Baixa, Hugo Motta, em uma publicação no X por volta das 23h de terça-feira (24.jun).

O diretor da Fazenda também negou saber qual a motivação do aviso: “O que aconteceu depois, eu não sei. Eu não consigo entender”.

O ministro da Fazenda qualificou a reunião de junho como “produtiva” repetidas vezes. Após a revogação, ele tem declarado que o evento não representou o encerramento do debate sobre o IOF.

Saiu da casa do presidente Hugo Motta com a convicção de que havíamos estabelecido um rumo para os assuntos, que seriam discutidos. Porque ninguém ali encerrou questão, fechamos um encaminhamento.

Lula já decidiu encaminhar a ação ao STF (Supremo Tribunal Federal). Anteriormente, a AGU (Advocacia Geral da União) havia solicitado informações à equipe econômica sobre o assunto.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.