Haddad afirma não enxergar margem para elevação das taxas de juros

O ministro cita a desaceleração da inflação e a política monetária dos Estados Unidos como razão para a definição da taxa Selic.

27/06/2025 18:51

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O ministro da Fazenda Fernando Haddad comenta a crise em torno do IOF e os impasses do governo, Encontros da revista piauí, em Brasília. | Sérgio Lima/Poder360 - 03.jun.2025
O ministro da Fazenda Fernando Haddad comenta a crise em torno d...

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira (27.jun.2025) não prever “espaços” para novas altas na taxa básica de juros , a Selic. Ele citou alguns fatores que poderiam auxiliar na redução do indicador.

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“Não vejo espaço para aumento da taxa de juros mais. Estamos em um patamar alto. A inflação está caindo e o patamar da Selic vai ficar dessa altura quanto tempo?”, declarou em entrevista à GloboNews.

A inflação desacelerou para 5,32% no período acumulado de 12 meses até maio. Contudo, permanece acima do limite da meta definida pelo governo (4,5%).

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A taxa básica de juros é de 15% ao ano. O Banco Central indicou que deverá manter essa taxa em julho.

O banco central aumenta as taxas de juros na expectativa de controlar a inflação. Ao restringir o crédito, espera conter o aumento dos preços pelo lado da demanda.

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A forma simplificada e prática é o financiamento de um automóvel: devido aos juros elevados, a aquisição se torna menos interessante, diminuindo a demanda. Com menos compradores, os vendedores tendem a manter ou até reduzir os preços para evitar a perda de vendas.

Haddad afirmou em 24 de junho que os aumentos ocorridos em 2025 foram “consignados” por Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central.

A GloboNews, o ministro reduziu aos minimos os questionamentos e afirmou ter discordado raramente do ex-chefe da autoridade monetária. Destacou a posição que mantinha em 2023, quando a Selic estava em 13,75%.

Poucas foram as ocasiões em que tratei assuntos com o Campos Neto. Quando assumimos, as taxas de juros estavam em 13% e algo mais. Aí, quando a inflação atingiu 3%, eu disse: “Roberto, não dá, porra”.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.