A trombose venosa profunda é caracterizada pela formação de um coágulo sanguíneo em uma veia, frequentemente nas pernas. A condição pode resultar em inchaço repentino em um membro, dor ou desconforto local, vermelhidão ou coloração avermelhada, rigidez em uma área da perna e elevação da temperatura local.

A angiologista e cirurgiã vascular Juliana Sander Suguita, do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), afirma que a permanência prolongada em frente ao computador aumenta o risco da doença. Permanecer por muito tempo sentado, principalmente com as pernas dobradas, prejudica o retorno do sangue ao coração, causando estase sanguínea e possível coagulação. No trabalho remoto, muitas pessoas permanecem horas sentadas e com pouca hidratação, o que favorece a trombose.

A trombose representa um risco significativo para a saúde, podendo levar a complicações graves como infarto e acidente vascular cerebral.

A trombose, se não for devidamente controlada, pode levar a complicações sérias, como a embolia pulmonar. Os sintomas incluem dispneia, dor torácica e palpitações, que representam sinais de alerta necessitando de atendimento médico urgente.

A trombose pode causar, além de dor e inchaço, consequências duradouras, incluindo a síndrome pós-trombótica, que se manifesta por dor crônica, edema, hiperpigmentação da pele e, em alguns casos, úlceras.

Hábitos que auxiliam na prevenção da trombose

1. Levantar-se a cada hora para caminhar um pouco.
2. Executar movimentos de flexão e extensão nos pés, estando sentado.
3. Priorizar a hidratação, com água em detrimento de bebidas com cafeína, contribui para a fluidez do sangue e diminui o risco de formação de coágulos.
4. Evitar cruzar as pernas por longos períodos.
5. Utilizar meias de compressão com graduação, se houver indicação médica.

Fatores de risco para a trombose.

Juliana Sander Suguita adverte sobre ideias errôneas acerca da enfermidade e os aspectos de risco primordiais. “O equívoco reside em acreditar que a trombose se manifesta unicamente em indivíduos com veias dilatadas. Outro erro comum é considerar que a doença impacta exclusivamente idosos. Ela pode afetar jovens e até atletas, sobretudo quando há fatores de risco como o uso de anticoncepcionais, viagens longas, predisposição genética ou períodos pós-operatórios”, explica.

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Além do sedentarismo, outros fatores que podem aumentar a probabilidade de trombose são: uso de anticoncepcionais hormonais (especialmente se combinados ao tabagismo), histórico familiar, cirurgias recentes ou imobilização prolongada, gravidez e pós-parto, obesidade, varizes, câncer e doenças autoimunes ou inflamatórias.

Por Aline Telles

Fonte por: Carta Capital