Guillermo del Toro critica uso de inteligência artificial no cinema durante Gotham Awards
Guillermo del Toro critica veementemente o uso de inteligência artificial no cinema durante o Gotham Awards, destacando a importância da arte feita por humanos
Guillermo del Toro Critica Uso de Inteligência Artificial no Cinema
O diretor Guillermo del Toro, de 61 anos, manifestou sua desaprovação em relação ao uso de inteligência artificial (IA) na indústria cinematográfica. A declaração ocorreu durante a cerimônia do Gotham Awards, onde recebeu o Vanguard Tribute por seu mais recente filme, “Frankenstein”, na noite de segunda-feira (1).
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Na ocasião, del Toro esteve acompanhado pelos protagonistas do longa, Jacob Elordi, que interpreta a Criatura, e Oscar Isaac, no papel de Victor Frankenstein. O cineasta iniciou sua fala prestando homenagem à autora do romance que inspirou a obra, Mary Shelley, e revelou que desde cedo desejava adaptar o livro para o cinema.
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“Naquela época, percebi, através do trabalho dela e do primeiro vislumbre de Boris Karloff, que eu não pertencia ao mundo da maneira que meus pais e a sociedade esperavam”, disse del Toro. Ele continuou, afirmando que seu lugar sempre foi “uma terra distante habitada apenas por monstros e desajustados”, que se tornaram sua família ao longo dos anos.
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Agradecimentos e Críticas à IA
Após as breves intervenções de Jacob e Oscar, o diretor voltou ao palco para expressar sua gratidão ao elenco e à equipe técnica. “A arte de todos brilha em cada frame deste filme, que foi feito deliberadamente por humanos, para humanos”, destacou.
Ele mencionou a contribuição dos designers, construtores, equipes de maquiagem, figurinistas, diretores de fotografia, compositores e montadores, ressaltando que a homenagem era para todos eles.
Del Toro finalizou seu discurso com uma crítica contundente ao uso de IA em Hollywood: “Gostaria de estender nossa gratidão e dizer: f*** a IA.” Em outubro, o diretor já havia expressado sua aversão à tecnologia, afirmando que “preferia morrer” a utilizar IA generativa em seus filmes.
Durante uma entrevista no podcast Fresh Air, da NPR, ele foi questionado sobre a utilização de tecnologia em sua nova adaptação de “Frankenstein”. “IA, especialmente a generativa, não me interessa, nem jamais me interessará. Tenho 61 anos e espero permanecer desinteressado até o dia em que eu partir”, afirmou.
Del Toro também traçou um paralelo entre a IA e o comportamento de Victor Frankenstein, enfatizando que sua preocupação não é com a inteligência artificial, mas com a “estupidez natural”, que ele acredita ser a causa dos piores professores do mundo.
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.












