Guillen, do BC, afirma que a decisão de cortar a Selic está distante

O gestor afirmou que a entidade acredita em um período consideravelmente extenso de taxa de juros estável em razão da perda de previsibilidade das expec…

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(Imagem de reprodução da internet).

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou na sexta-feira (27) que a autarquia projeta um período extenso com a taxa de juros estável, considerando a desancoragem das expectativas de mercado para os preços, fase em que a autoridade monetária analisará se a Selic de 15% é adequada para que a inflação alcance a meta.

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Em um evento organizado pelo Barclays, em São Paulo, Guillen afirmou que a discussão sobre o corte de juros está “muito distante” e não tem sido abordada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

“Isso parece um debate muito distante, o debate de corte não faz parte do Copom”, declarou.

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O Banco Central aumentou a Selic em 0,25 ponto percentual nesta mês, a 15% ao ano, indicando que o ciclo de alta será interrompido e mantendo a taxa nesse patamar por um período prolongado.

O diretor afirmou que a decisão de interromper as altas de juros na reunião de julho do Copom decorreu de uma evolução do ciclo monetário, que se tornou mais contracionista, e possibilitou ao Banco Central analisar se o ajuste realizado até o momento é adequado.

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Guillen reiterou que a autarquia tem destacado que as expectativas de mercado em relação à inflação permanecem desancoradas no curto, médio e longo prazo, o que representa um fator de insatisfação para todos os integrantes da autoridade monetária.

Destacou-se que, na ótica do Banco Central, o cenário inflacionário no Brasil decorre de um impulso de demanda em face de uma atividade econômica robusta.

Seguimos com a mesma visão de abertura de hiato (do produto) e desaceleração, entendendo que isso é um mecanismo essencial para a convergência da inflação.

O diretor salientou que o debate acerca das surpresas positivas da atividade envolve uma avaliação sobre as causas dessa resiliência, se estaria relacionada ao nível da taxa neutra de juros, ao sistema de crédito ou a programas sociais.

Mesmo com projeções de inflação acima da meta por longos períodos, Guillen reiterou que o Banco Central não alterou sua atuação, mantendo a busca pelo centro do alvo de 3% no horizonte relevante, que se estende ao último trimestre de 2026.

O Brasil apresenta a segunda maior taxa de juros reais do mundo, após o aumento da taxa Selic.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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