Banco Central Mantém Cautela Apesar de Menor Incerteza no Mercado
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, declarou nesta sexta-feira (26) que, apesar de indicadores recentes sugerirem um cenário de menor incerteza no mercado, a autoridade monetária permanece cautelosa, acreditando que o nível de incerteza ainda é elevado.
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Fatores de Incerteza
Em um evento virtual promovido pelo Citi, Guillen destacou que fatores como a governança, a agenda fiscal e a política tarifária contribuem para a persistente incerteza. Ele mencionou que, durante as apresentações para o Comitê de Política Monetária (Copom), observaram um retorno de indicadores de incerteza do mercado, levando à afirmação de que “talvez os mercados estejam pensando que a incerteza diminuiu, mas ainda achamos que ela está alta”.
Impactos na Inflação e Crescimento
O diretor enfatizou que essa incerteza tem potenciais impactos na inflação e no crescimento econômico, com uma maior probabilidade de ocorrência de cenários extremos do que o usual. O Banco Central analisa um conjunto de fatores, incluindo projeções de inflação, expectativas de mercado e a ociosidade da economia, para tomar suas decisões.
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Selic e Decisões do BC
Guillen esclareceu que a decisão de manter a taxa Selic em 15% por um período prolongado visa levar a inflação à meta, e que essa decisão não é baseada em um horizonte específico, sendo flexível. Ele ressaltou que o cenário econômico está se desenrolando conforme o esperado, com indicadores sugerindo uma continuidade da tendência de moderação do crescimento no terceiro trimestre.
Mercado de Crédito
O diretor também observou que o mercado de crédito se tornou mais restrito nos últimos meses, com famílias e empresas preferindo pagar suas dívidas em vez de contrair novas. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juro real do mundo, consequência da alta da Selic.
