O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, enfatizou na segunda-feira, 1º de dezembro de 2025, que as ações do governo na área econômica, que abrangem desde a transformação ecológica até a reforma tributária, são cruciais para reduzir a desigualdade no Brasil.
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Ao abrir o seminário “Entender para Transformar: As Bases do Projeto de Desenvolvimento”, Mello destacou os avanços da Secretaria de Política Econômica (SPE) e ressaltou que a agenda verde e a revisão do sistema tributário são pilares fundamentais para o desenvolvimento, visando diminuir as disparidades sociais.
Indicadores e Taxonomia Sustentável
A SPE, em colaboração com a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), tem trabalhado na estruturação de modelos e indicadores para mensurar os impactos econômicos, ambientais e de emissões. A secretaria lançou a primeira versão da taxonomia sustentável e aprovou o mercado de carbono, além de desenvolver modelos para avaliar os impactos da sustentabilidade.
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O objetivo é ter uma visão clara dos resultados das iniciativas.
Avanços e Participação em Programas
O secretário da SPE celebrou a execução do planejamento estratégico, afirmando que a equipe está cumprindo os objetivos estabelecidos desde o início do projeto. A SPE participou de programas como Acredita, Desenrola, Minha Casa Minha Vida (faixa 4) e o Plano Brasil Soberano, o que, segundo ele, demonstra o compromisso do governo com o desenvolvimento e a redução da desigualdade.
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Diagnóstico da Desigualdade de Renda e Riqueza
Em um painel do seminário, a SPE apresentou um novo diagnóstico sobre a desigualdade de renda e riqueza no Brasil, utilizando dados das declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2023 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
Os resultados revelaram que a concentração de riqueza persiste, com 10% da população detendo 64,2% da riqueza declarada e o 1% mais rico concentrando 37,3%.
Regressividade do Sistema Tributário
O estudo apontou que o sistema de imposto de renda se torna regressivo no topo, com a alíquota efetiva chegando a 12% para quem ganha mais de 93% da população e caindo para 4,6% no 0,01% mais rico, devido a isenções, rendas tributadas de forma favorecida e o uso intensivo de deduções.
Desigualdades Adicionais
Além das desigualdades de gênero e raça, o estudo também destacou que homens declarantes têm renda média mensal de R$ 12.900, enquanto as mulheres declarantes têm R$ 10.000, e que brancos compõem 78,6% entre os mais ricos, enquanto pardos são 15,8% e pretos 3,1%, refletindo a distribuição populacional.
