Ministro Boulos Critica Relatório do PL Antifacção
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, declarou nesta terça-feira (18) em entrevista à CNN Brasil que o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), relator do Projeto de Lei Antifacção, está “isolado” ao apresentar relatórios que, segundo ele, podem proteger o crime organizado.
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Boulos também afirmou que o texto em discussão desvirtua a proposta original enviada pelo governo federal.
“Quem está isolado nessa história é o Derrite, ao tentar retirar poder da Polícia Federal. A Polícia Federal é a instituição mais respeitada na segurança pública brasileira. Vimos infiltração do crime organizado em outras instituições de segurança no Rio de Janeiro, com vários escândalos.
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A Polícia Federal tem credibilidade com a população”, afirmou.
Críticas ao Relatório e Diálogo Político
Boulos criticou a sequência de cinco versões do relatório, que, segundo ele, refletem a falta de diálogo e tentativas de atender a interesses políticos do governador de São Paulo, do qual Derrite é secretário de Segurança Pública. “Um relator que precisa fazer cinco relatórios errou em algum ponto, seja na falta de diálogo ou em propostas inadequadas”, disse.
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O ministro também mencionou que a articulação sobre as bancadas da base está sob responsabilidade da ministra de Relações Institucionais e evitou antecipar a orientação do governo para a votação. Contudo, ele indicou que, se o parecer continuar a “descaracterizar” o texto original, não haverá condições para a votação.
Riscos e Expectativas
Boulos alertou sobre o desgaste político que os deputados podem enfrentar caso apoiem um texto que, segundo ele, ameniza o combate às facções. “Estão brincando com fogo”, enfatizou. Ele expressou a expectativa de que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, consiga ajustar a proposta.
“Espero que Hugo Motta possa trazer um pouco de juízo ao Derrite, para que elabore um relatório que realmente combata o crime, como era o projeto original do presidente Lula”, concluiu Boulos.
