Guerra entre facções no RJ resulta em quatro mortos, incluindo moradores; UPA de Costa Barros reabre

Conflito entre facções rivais resulta em mortes na Zona Norte do Rio

Na madrugada desta segunda-feira (27), quatro pessoas perderam a vida em um intenso tiroteio entre facções rivais na Pedreira, localizada na Zona Norte do Rio de Janeiro. As vítimas incluem dois moradores e dois suspeitos, conforme informações da Polícia Militar.

Marli Macedo dos Santos, de 60 anos, foi atingida na cabeça enquanto estava em sua residência, durante a fuga de criminosos do CV (Comando Vermelho), que tentavam dominar áreas controladas pelo TCP (Terceiro Comando Puro) a partir do Complexo do Chapadão. A idosa foi feita refém e, apesar de ter sido libertada por meio de negociação da PM, não sobreviveu aos ferimentos e faleceu no Hospital Municipal Albert Schweitzer.

Mais vítimas do tiroteio

Outro morador, Elison Nascimento Vasconcelos, de 33 anos, também foi atingido durante o tiroteio. De acordo com familiares, ele era entregador e havia saído de um pagode quando os disparos começaram. Ele foi socorrido para o Hospital Francisco da Silva Teles, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Militar informou que cinco suspeitos foram detidos e dois morreram durante a operação. Além disso, foram apreendidos sete fuzis e recuperados seis veículos roubados. Durante os confrontos, moradores e comerciantes foram forçados a se abrigar.

Reabertura da UPA e medidas de segurança

Em meio à tensão, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros reabriu nesta segunda-feira (27) após quase um mês fechada. A unidade havia sido invadida por criminosos em setembro, resultando em agressões a dois pacientes. A PM anunciou que manterá a ocupação da região por tempo indeterminado e está colaborando com órgãos públicos para assegurar o funcionamento dos serviços de saúde.

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O governador Cláudio Castro enfatizou a necessidade de penas mais severas para membros de facções. “Enquanto não tivermos uma legislação mais rígida para punir esses bandidos, a população do Estado do Rio de Janeiro estará na mira deles. Eles se aproveitam das brechas na lei para portar armamento de guerra e cometer crimes que aterrorizam a população e custam vidas”, declarou.