Grupo afirma que bombas de fragmentação ceifaram a vida de mais de 1.200 civis na Ucrânia

Ativistas alertam sobre o perigo que munições não detonadas representam para a população, mesmo após o término do conflito.

15/09/2025 12:51

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Grupo afirma que bombas de fragmentação ceifaram a vida de mais de 1.200 civis na Ucrânia
(Imagem de reprodução da internet).

O Landmine and Cluster Munition Monitor informou que bombas de fragmentação provocaram mais de 1.200 mortes de civis na Ucrânia, desde o início da guerra em fevereiro de 2022.

Essas munições permaneceram em uso pelas partes conflitantes, sobretudo pela Rússia, resultando em mortes e lesões em civis, conforme apontou em um novo relatório.

Michael Hart, especialista em pesquisa do Cluster Munition Monitor, afirmou que “continuam ocorrendo ataques que atingem áreas civis e edifícios residenciais. Ataques individuais mataram dezenas de civis e deixaram centenas de feridos”.

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Rússia e Ucrânia não são parte da Convenção de 2008 que restringe o emprego de bombas de fragmentação, a qual conta com 112 países signatários.

Esses aparelhos são lançados do chão ou por meio de aviões, detonando no ar e dispersando estilhaços de bombas menores em uma vasta região.

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Os sobreviventes frequentemente apresentam lesões graves decorrentes de explosões e queimaduras, podendo necessitar de tratamento médico contínuo.

Ativistas se preocupam sobretudo com as bombas não detonadas, que permanecem em áreas de conflito por longos períodos após o fim do combate.

Os Estados Unidos forneceram bombas de fragmentação para a Ucrânia em pelo menos sete envios entre julho de 2023 e outubro de 2024, incluindo armamentos que supostamente passaram pela Alemanha, país signatário da Convenção, conforme o relatório.

O grupo ainda informou que não ocorreram novas transferências.

A possibilidade de mais países utilizarem armas nucleares aumenta.

O governo declarou que a saída da Lituânia do tratado sobre as bombas de fragmentação em março de 2025 gerou preocupações em relação à deterioração das normas de desarmamento humanitário.

“Observamos o impacto que essa decisão teve sobre o Tratado de Proibição de Minas, e os Estados devem estar atentos a um efeito dominó mais amplo”, declarou Tamar Gabelnick, diretora da Cluster Munition Coalition.

Em junho, a Ucrânia aderiu a alguns países que declararam a saída da Convenção de Ottawa sobre minas terrestres, em resposta ao que consideram ser o aumento das ameaças militares provenientes da Rússia.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.