Greve dos Correios mobiliza sindicatos em nove estados; TST propõe mediação para acordo coletivo e busca solução para a crise trabalhista. Confira!
Devido à greve promovida pelos sindicatos de trabalhadores dos Correios em nove estados, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu divulgar amplamente uma proposta para mediar a situação entre os sindicatos e a empresa. O vice-presidente do TST, ministro Caputo Bastos, também ordenou que as federações dos trabalhadores realizem assembleias de urgência para aprovar ou rejeitar a proposta.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A greve, que começou na quarta-feira (17), é por tempo indeterminado e ocorre em resposta às ações da estatal e à falta de um acordo coletivo e reajuste salarial. Os sindicatos que aderiram à greve são do Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Dos 36 sindicatos que representam os trabalhadores, 24 não participaram da paralisação.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo o TST, a proposta foi elaborada durante uma audiência de mediação com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e as entidades sindicais. A proposta completa será divulgada em sites e informativos físicos. A mediação foi solicitada pelos Correios, e desde a semana passada, audiências têm sido realizadas para discutir a proposta.
O ministro destacou a importância de divulgar a proposta para evitar tensões e buscar uma solução consensual que mantenha a continuidade dos serviços públicos. A ECT confirmou que a proposta já recebeu a validação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais.
Entre os principais pontos da proposta do TST estão:
O TST apresentou, na quarta-feira, a proposta de ACT 2025/2026 dos Correios. O ACT é uma negociação direta entre o sindicato dos trabalhadores e a empresa, estabelecendo condições e benefícios específicos para a categoria. O acordo proposto tem duração de dois anos e busca garantir a continuidade e estabilidade dos colaboradores dos Correios.
Se a proposta for aprovada, uma audiência para a assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho ocorrerá na próxima semana em Brasília. Caso contrário, o processo retornará ao vice-presidente para novas negociações.
A greve foi motivada pela falta de um acordo coletivo e pelas medidas adotadas pela estatal. As principais reivindicações incluem:
Os Correios informaram que todas as agências estão operando e as entregas estão sendo realizadas em todo o país. Na quarta-feira (17), cerca de 91% do efetivo da empresa estava em atividade, e a adesão à greve tem sido parcial, com concentrações em alguns estados.
Para minimizar impactos operacionais, a empresa adotou medidas que garantem a continuidade dos serviços essenciais.
Autor(a):
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.