Governo Trump avalia retorno de empresas petrolíferas à Venezuela, mas setor mostra desinteresse devido a preços baixos e instabilidade política.
Nos Estados Unidos, a administração de Donald Trump tem consultado empresas petrolíferas americanas sobre a possibilidade de um retorno à Venezuela, após a saída do regime de Nicolás Maduro. A informação foi divulgada pelo POLITICO, que se baseou em quatro fontes próximas às discussões.
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Até o momento, a resposta do setor tem sido negativa.
A reportagem ressalta que essa aproximação do governo com a indústria do petróleo é um indicativo recente de interesse. Segundo representantes do setor e analistas entrevistados, a queda nos preços do petróleo nos últimos anos, causada por um excesso de oferta, faz com que as empresas americanas hesitem em investir em instalações petrolíferas deterioradas na Venezuela, que foram confiscadas pelo ex-ditador Hugo Chávez há décadas.
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Na terça-feira (16), houve um início de diálogos com a indústria sobre a possibilidade de retorno à Venezuela. No entanto, uma fonte afirmou que o interesse é baixo, considerando os preços reduzidos do petróleo e a existência de campos mais atraentes globalmente.
Outra fonte destacou que convencer as empresas a investir em um ambiente político instável não é uma tarefa simples.
Outras duas fontes relataram que o governo Trump iniciou essas conversas recentemente, com o Departamento de Estado liderando os esforços. Evanan Romero, ex-executivo da PDVSA e atualmente consultor em Houston, está envolvido nesse processo.
Romero mencionou que houve uma reunião em Washington, da qual ele não participou, liderada pelo secretário de Energia americano, Chris Wright, com representantes da Exxon e da ConocoPhillips, além de opositores venezuelanos. Durante o encontro, as empresas expressaram preocupações sobre dívidas relacionadas a operações anteriores na Venezuela.
Os representantes venezuelanos sugeriram a possibilidade de assumir o controle de outros campos para compensar essas dívidas. Romero afirmou que o secretário de Energia incentivou as empresas a resolverem suas pendências, enfatizando a importância de garantir a produção de petróleo.
O POLITICO destacou que Chevron, Exxon, ConocoPhillips, Halliburton, Schlumberger, Weatherford International e Baker Hughes operavam na Venezuela no início dos anos 2000, quando Hugo Chávez tentou forçá-las a ceder participações majoritárias em seus projetos.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.