Governo Trump analisa liberação de vendas de chips da Nvidia para a China, gerando polêmica sobre segurança nacional e domínio tecnológico. Entenda os detalhes!
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou uma análise que pode levar à primeira autorização para o envio dos chips de IA mais potentes da Nvidia para a China, conforme revelaram cinco fontes. Trump declarou que, com a imposição de uma taxa de 25% pelo governo dos EUA, as vendas ajudariam a manter as empresas americanas à frente das fabricantes chinesas, diminuindo a demanda por chips oriundos da China.
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No entanto, essa medida gerou preocupações sobre o fortalecimento das forças armadas de Pequim e a possível erosão da vantagem dos EUA em inteligência artificial. Persistem incertezas sobre a rapidez com que os EUA aprovariam essas vendas e se a China permitiria que suas empresas adquirissem os chips da Nvidia.
O Departamento de Comércio dos EUA, encarregado da política de exportação, enviou pedidos de licença para a venda dos chips aos Departamentos de Estado, Energia e Defesa para análise. As fontes, que pediram anonimato, informaram que esse processo não é público.
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Segundo as normas de exportação, essas agências têm um prazo de 30 dias para se manifestar.
Um funcionário do governo destacou que a revisão será detalhada e “não uma mera formalidade”. Contudo, a decisão final sobre a venda cabe a Trump. Um porta-voz da Casa Branca não comentou sobre a revisão, mas afirmou que “o governo Trump está comprometido em garantir o domínio da tecnologia americana, sem comprometer a segurança nacional”.
O governo de Joe Biden havia imposto restrições rigorosas à venda de chips de IA avançados para a China e outros países que poderiam servir como canais de contrabando, citando preocupações com a segurança nacional. A nova abordagem de Trump representa uma mudança em relação a essa política e uma reversão em relação ao seu primeiro mandato, quando buscou restringir o acesso da China à tecnologia americana.
Na época, Trump alegou que Pequim roubava propriedade intelectual dos EUA e utilizava tecnologia adquirida comercialmente para fortalecer suas forças armadas, o que a China nega. Chris McGuire, ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional durante o governo Biden, argumentou que exportar grandes quantidades desses chips para a China seria “um erro estratégico significativo”.
McGuire descreveu os chips como “o único fator que impede o avanço da China em IA” e questionou como os Departamentos de Comércio, Estado, Energia e Defesa poderiam garantir que a exportação desses chips para a China não comprometeria a segurança nacional dos EUA.
Vários membros do governo Trump defendem que o envio de chips avançados de IA para a China poderia desencorajar concorrentes chineses, como a Huawei, de intensificarem seus esforços para alcançar os designs de chips mais avançados da Nvidia e da AMD.
Recentemente, a Reuters informou que os pedidos iniciais da China superaram a capacidade de produção dos chips Blackwell, antecessores dos atuais modelos.
Embora os chips H200 sejam menos eficientes que os Blackwell em diversas tarefas de IA, eles continuam a ser amplamente utilizados e nunca foram autorizados para venda na China. Anteriormente, Trump havia considerado a venda de uma versão menos avançada dos chips Blackwell, mas acabou aprovando a venda do H200.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.