O assessor do chefe de gabinete da Argentina, Guillermo Francos, acusou o que descreveu como uma “operação política” relacionada a gravações do ex-diretor da Agência Nacional de Deficiência (ANDIS) em uma reunião acalorada no Congresso na quarta-feira (27).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Enquanto o Congresso Nacional aprovava uma Lei de Emergência para a Deficiência que implica no uso de recursos econômicos que o Estado atualmente não possui, foi orquestrada uma operação política com a divulgação de supostos áudios do ex-titular da Agência Nacional de Deficiência, declarou Francos em seu pronunciamento.
A mídia local divulgou, na semana passada, gravações em que uma voz, parecida com a de Diego Spagnuolo — então chefe da agência — pode ser ouvida discutindo esquemas de suborno no órgão. Ele menciona Karina Milei, irmã de Javier Milei e Secretária-Geral da Presidência, como suposta beneficiária de pagamentos de propina.
LEIA TAMBÉM!
Spagnuolo foi, em seguida, desligado do cargo pelo presidente. As autoridades governamentais não confirmaram a veracidade dos áudios, e o assessor chefe, Guillermo Francos, declarou que, na visão de Milei, Spagnuolo nunca abordou o tema de propinas.
Na sexta-feira (22), várias propriedades, incluindo a residência de Spagnuolo, foram objeto de buscas no âmbito de uma investigação do governo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As tensões políticas se ampliaram, atingindo além do Congresso. Manifestantes do protesto semanal de aposentados percorreram do Congresso Nacional até a Plaza de Mayo para expressar sua oposição ao governo.
O escândalo ocorre a poucas semanas de uma eleição local importante na província de Buenos Aires e das eleições legislativas nacionais em outubro, nas quais o partido de Milei almeja aumentar sua representação no Congresso, atualmente dominado pela oposição.
Fonte por: CNN Brasil