Governo Lula hesita, mas CPMI do INSS ganha força após prisão de senador. Escândalo afeta contas públicas e pode impactar eleições de 2026.
O governo Lula, a princípio, não demonstrou interesse em criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o escândalo relacionado ao INSS. No entanto, após ouvir conselhos de políticos experientes, acabou concordando com a proposta, acreditando que a situação estava sob controle.
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Essa percepção geralmente surge quando há receio de que muitos possam ser afetados, independentemente de suas filiações partidárias.
Entretanto, essa estratégia não teve o efeito desejado. Na quinta-feira (18), a Polícia Federal prendeu um senador que é vice-líder do governo, revelando ligações políticas que se estendem por várias direções. Os nomes que foram destaque na operação já eram conhecidos no contexto da CPMI, mas haviam sido protegidos no início do mês por uma intensa articulação política da base governista.
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A Polícia Federal destacou conexões que também envolvem um dos filhos do presidente, levando Lula a afirmar que, se houver envolvimento, a investigação deve prosseguir. O escândalo teve um impacto direto nas contas públicas, que enfrentam pressão devido à necessidade de ressarcimento imediato a milhões de pessoas afetadas.
Além disso, o caso também influencia um tema que preocupa o Palácio do Planalto: as eleições do próximo ano. Para Lula, confrontar a oposição sobre a redução de penas dos condenados pelos atos de corrupção é um terreno que considera favorável.
No entanto, lidar com a associação do PT a esse escândalo representa um desafio maior, com possíveis repercussões eleitorais significativas.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.