Governo lança política que pode injetar R$ 150 bi no mercado imobiliário
Fase “teste” do impulso libera R$ 35 bi imediatamente; política entra em vigor integralmente em 2027.
Nova Política Habitacional Visa Injetar Recursos no Mercado Imobiliário
A nova política habitacional do governo federal, com anúncio previsto para a próxima sexta-feira (8), tem o potencial de injetar R$ 35 bilhões no mercado imobiliário em um período inicial de testes. A projeção futura é de R$ 150 bilhões após a implementação completa, estimada para 2027.
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A iniciativa visa utilizar os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) de forma mais eficiente. Atualmente, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança são direcionados ao crédito imobiliário, enquanto 15% podem ser utilizados em operações mais rentáveis e 20% ficam com o Banco Central como compulsório.
O modelo proposto permite que os bancos utilizem livremente os recursos em operações rentáveis, desde que garantam a concessão de crédito imobiliário em montante equivalente ao captado. Inicialmente, 5% do compulsório estarão disponíveis, com a expectativa de que os 20% restantes se tornem acessíveis a partir de 2027, caso não ocorram problemas.
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O setor imobiliário expressou preocupação com uma mudança abrupta e solicitou uma regra de transição. O SBPE, atualmente com um saldo de aproximadamente R$ 750 bilhões, pode injetar até R$ 35 bilhões no mercado imobiliário, podendo chegar a R$ 150 bilhões quando a política estiver totalmente estabelecida.
A Caixa Econômica Federal, principal instituição do setor, deve desempenhar um papel importante na implementação, liberando pelo menos R$ 20 bilhões em recursos imediatamente. Os recursos injetados serão divididos entre o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com taxa de juros máxima de 12%, e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas de mercado.
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O governo também aumentará o valor máximo dos imóveis financiados pelo SFH, elevando-o para cerca de R$ 2,2 milhões. O prazo para utilização flexível dos recursos varia entre cinco e sete anos, dependendo da operação e do preço dos imóveis financiados.
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












