O governo federal lançou um plano de apoio financeiro para empresas impactadas pela alta das tarifas nos Estados Unidos, que inclui uma linha de crédito de 30 bilhões de reais, conforme anunciado pelo presidente Lula (PT) na terça-feira, 12. O pacote de medidas, do qual essa medida provisória faz parte, será divulgado nesta quarta-feira.
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O petista afirmou que se trata apenas do primeiro passo de uma política mais abrangente para reduzir a alta tributária sobre diversos produtos brasileiros. Lula declarou, em entrevista à Rádio BandNews FM, que o pacote contempla a expansão das compras governamentais, para que órgãos públicos absorvam mercadorias que deixariam de ser exportadas.
Será disponibilizado crédito, haverá compras governamentais e a abertura de novos mercados. Também será dada prioridade para o conteúdo nacional nas coisas que são fabricadas aqui, pois será garantida a sobrevivência das empresas brasileiras.
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O Palácio do Planalto convidou empresários para a cerimônia de assinatura da MP. Também convocou os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de líderes das duas Casas. O evento está previsto para as 11h30.
O anúncio do pacote está sendo aguardado desde a semana passada. Na segunda-feira, 11, Lula se reuniu com o vice-presidente e o ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), para definir os últimos detalhes.
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A taxa tarifária também é uma retaliação às investigações no Supremo Tribunal Federal contra Jair Bolsonaro (PL). Réu pela tentativa de golpe, o ex-presidente é aliado de Trump e está prestes a ir a julgamento.
Trump afirmou que a taxa adicional sobre o Brasil servirá para lidar com políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que representam uma ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos. Ele também alegou que a decisão era uma resposta a ações do Brasil que supostamente prejudicam a liberdade de expressão de cidadãos norte-americanos, mencionando supostos atos de “perseguição política e censura” a Bolsonaro.
Fonte por: Carta Capital