As autoridades iranianas estão reduzindo a importância dos ataques dos EUA em suas instalações nucleares, em especial na instalação de Fordow, localizada subterraneamente nas montanhas, em oposição às declarações do presidente americano Donald Trump de que o ataque as “destruiu”.

Manan Raeisi, parlamentar iraniano que representa Qom — a cidade sagrada próxima à instalação nuclear de Fordow — afirmou na manhã de domingo (22) que o ataque foi “bastante superficial” e não causou danos graves à instalação.

Com base em informações precisas, posso afirmar que, ao contrário das alegações do presidente dos Estados Unidos, a instalação nuclear de Fordow não sofreu danos significativos. A maior parte das áreas afetadas estava acima do solo e pode ser totalmente recuperada, disse Raeisi, de acordo com a agência de notícias Fars, afiliada ao governo.

Ele afirmou com total confiança que todos os elementos que poderiam representar um risco à segurança pública já haviam sido removidos anteriormente e que nenhuma radiação nuclear foi detectada.

Não houve mortes registradas em Fordow, acrescentou.

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Um repórter da Fars, que trabalhava na área de Fordow, relatou ter observado o disparo de sistemas de defesa aérea nas primeiras horas de domingo. Em certo momento, ele identificou um incêndio e ouviu explosões — porém, as chamas não eram intensas e se apagaram rapidamente, segundo ele.

Apresentadores da Press TV, emissora estatal iraniana, afirmaram, sem fornecer evidências, que os ataques causaram danos apenas nos túneis de acesso e saída de Fordow, e não à instalação em si.

Além de Fordow, os EUA também atacaram as instalações nucleares de Natanz e Isfahan.

Na Casa Branca, no sábado à noite, Trump declarou que os ataques foram um “sucesso militar espetacular” e que os três locais alvo foram “completamente e totalmente destruídos”.

Raeisi, o parlamentar iraniano, afirmou que o Irã considera o ataque como “uma incursão direta dos Estados Unidos nesta guerra” e que o Irã agora definirá como responder a “esta atroz imprudência”.

Fonte por: CNN Brasil